Política
Maioria dos brasileiros afirma que governo Lula é pior do que se imaginava
Nova pesquisa indica que maioria dos brasileiros considera o governo Lula abaixo das expectativas. Veja como a população avalia diferentes áreas da gestão federal.

Levantamento Ipsos-Ipec mapeia opinião pública sobre a atual administração federal e avalia percepções em nove áreas estratégicas
Um recente levantamento divulgado pelo instituto Ipsos-Ipec traz dados significativos sobre a percepção dos brasileiros em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A pesquisa, publicada na sexta-feira (21), revela que mais da metade dos entrevistados considera que a atual administração federal está aquém do esperado. O que está por trás desses números e como eles se comparam com avaliações anteriores?
O que mudou na percepção sobre o governo Lula nos últimos meses?
Os dados mostram uma tendência preocupante para a atual gestão federal. 51% dos brasileiros entrevistados classificam o governo como “pior do que se poderia imaginar”, representando um aumento de 10 pontos percentuais em relação a dezembro de 2024, quando esse índice era de 41%.
Por outro lado, apenas 19% dos participantes consideram que o governo Lula está melhor do que esperavam, um recuo significativo em relação aos 25% registrados três meses atrás. Já 28% afirmam que a administração federal está “exatamente como esperavam”, comparado a 32% em dezembro. A parcela de entrevistados que não soube ou não quis responder permaneceu estável em 2%.
Esses números revelam uma mudança considerável na percepção pública em um curto período de tempo. Mas quais seriam os fatores por trás dessa avaliação?
Como os brasileiros avaliam áreas específicas da gestão federal?
A pesquisa Ipsos-Ipec foi além da avaliação geral e buscou entender como a população brasileira enxerga o desempenho do governo em nove áreas estratégicas. Em quase todas, a avaliação negativa (ruim/péssima) superou a positiva (ótima/boa).
Veja como se distribuem as avaliações em cada setor:
Área de atuação | Avaliação ruim/péssima | Avaliação ótima/boa | Diferença |
---|---|---|---|
Combate à inflação | 57% | 17% | 40 p.p. |
Controle e corte de gastos | 53% | 19% | 34 p.p. |
Segurança pública | 50% | 24% | 26 p.p. |
Combate à fome e pobreza | 47% | 27% | 20 p.p. |
Saúde | 46% | 25% | 21 p.p. |
Meio ambiente | 40% | 26% | 14 p.p. |
Política externa | 40% | 25% | 15 p.p. |
Combate ao desemprego | 39% | 25% | 14 p.p. |
Educação | 36% | 36% | 0 p.p. |
Como podemos observar, apenas na área de educação há um equilíbrio entre avaliações positivas e negativas (36% para ambas). Os piores índices aparecem no combate à inflação e no controle de gastos públicos, com mais da metade dos entrevistados classificando essas áreas como ruins ou péssimas.
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Por que a avaliação econômica impacta tanto a percepção geral do governo Lula?
Os números indicam que as questões econômicas parecem ser determinantes na avaliação geral do governo. Com 57% de reprovação no combate à inflação e 53% no controle de gastos, estas áreas apresentam os piores índices da pesquisa.
Especialistas em ciência política frequentemente apontam que a percepção sobre a economia tende a influenciar fortemente a avaliação geral de qualquer governo. Quando as pessoas sentem o impacto direto no bolso, seja por meio de preços mais altos ou dificuldades no orçamento familiar, isso geralmente se reflete nas pesquisas de opinião.
Vale destacar que essas avaliações ocorrem em um contexto de desafios econômicos globais e pressões inflacionárias que afetam diversos países. Ainda assim, os dados mostram que a população espera respostas mais efetivas do governo Lula nessas áreas.
Quais foram os métodos utilizados na pesquisa?
Para garantir a representatividade dos resultados, a equipe do Ipsos-Ipec entrevistou 2.000 brasileiros com 16 anos ou mais, entre os dias 7 e 11 de março. O trabalho de campo abrangeu 131 municípios de diferentes regiões do país.
Segundo os responsáveis pelo levantamento, a pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. Esses parâmetros técnicos são importantes para compreender a solidez metodológica do estudo.
“Os números refletem a percepção da população naquele momento específico, mas são indicadores importantes para entender tendências de aprovação e reprovação”, explicam especialistas em análise de pesquisas de opinião.
O que esses resultados significam para o futuro do governo?
Os dados apresentados pelo Ipsos-Ipec oferecem um panorama desafiador para a administração federal. Com a maioria dos brasileiros classificando o governo Lula como abaixo das expectativas, e com avaliações negativas em áreas cruciais como economia, segurança e saúde, o cenário sugere a necessidade de ajustes nas políticas públicas e na comunicação governamental.
A queda nos índices de aprovação ao longo dos últimos três meses indica uma tendência que merece atenção. Será que o governo conseguirá reverter essa percepção nos próximos meses? Que medidas poderiam melhorar a avaliação popular em áreas críticas como inflação e segurança pública?
As pesquisas de opinião são ferramentas importantes para compreender o sentimento da população e podem servir como termômetro para orientar políticas públicas. Para os cidadãos, acompanhar esses dados permite uma visão mais ampla sobre como diferentes grupos avaliam a atual gestão federal.

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