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Economia

Sob Lula, produtividade no Brasil trava e se distancia da registrada em países com menor carga de trabalho


Brasil enfrenta estagnação na produtividade e se distancia de economias mais eficientes


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Brasil enfrenta estagnação na produtividade e se distancia de economias mais eficientes

A produtividade do trabalhador brasileiro segue travada nas últimas décadas, impedindo avanços significativos na competitividade econômica do país.

Segundo dados do Conference Board, em 2024, a produtividade no Brasil corresponde a menos de 25% do que é produzido por um trabalhador nos Estados Unidos.

Esse fator se configura como um obstáculo para debates sobre a redução da jornada de trabalho, uma discussão crescente em várias nações.

Em um ranking global com 131 países, liderado por Luxemburgo, Noruega e Dinamarca, o Brasil ocupou a 78ª posição, ficando atrás de economias sul-americanas como Uruguai (48º), Argentina (56º) e Chile (59º). No entanto, superou a China (79º) e a Índia (101º), ambos membros dos BRICS.

Queda na produtividade pós-pandemia

A produtividade do Brasil vinha acompanhando a média global até 2015, quando passou a registrar desempenho inferior. Em 2020, durante a pandemia, houve um breve avanço, impulsionado pela redução de empregos informais e a adoção forçada de tecnologias. No entanto, o cenário voltou a piorar nos anos seguintes, com a produtividade do trabalhador brasileiro atingindo US$ 21,44 PPC em 2024, valor similar ao registrado dez anos atrás.

Produtividade e carga horária de trabalho

O Brasil possui uma média semanal de 39 horas de trabalho, enquanto países como Canadá, Austrália, Alemanha e França operam com jornadas menores e produtividade mais elevada. No Canadá, por exemplo, a carga horária é de 32,1 horas semanais, mas a produtividade alcança cerca de US$ 68 PPC por hora trabalhada, três vezes superior à brasileira.

Especialistas apontam que a carga horária isoladamente não determina a produtividade. Fatores como educação, qualificação profissional, adoção de tecnologias e eficiência empresarial são determinantes para aumentar a capacidade produtiva.

Trabalhadoras na linha de produção em fábrica de TV em Manaus – Wang Tiancong/Xinhua

Desafios estruturais e propostas para avanço

A baixa produtividade no Brasil está associada a desafios estruturais, como:

  • Deficiência na educação: a falta de qualificação profissional compromete a capacidade dos trabalhadores de operarem máquinas e tecnologias avançadas.
  • Infraestrutura precária: problemas em logística, transportes e energia encarecem a produção e reduzem a eficiência empresarial.
  • Alto custo tributário: a elevada carga de impostos sobre a folha de pagamento desestimula a formalização e investimentos produtivos.
  • Rotatividade no mercado de trabalho: a alta taxa de turnover impede o desenvolvimento de competências dentro das empresas, prejudicando a eficiência operacional.

Para reverter esse cenário, especialistas recomendam:

  • Investimentos em educação e qualificação profissional;
  • Redução da burocracia e tributação para estimular a formalização de empresas e empregos;
  • Adoção de tecnologias e inovação em setores estratégicos da indústria;
  • Promoção de políticas públicas para estabilidade no mercado de trabalho.

Caminhos para o crescimento sustentável

Apesar dos desafios, o Brasil registrou um avanço de 3,9% na produtividade entre 2023 e 2024, o melhor desempenho desde 2020. O crescimento industrial pelo segundo ano consecutivo também é um fator positivo para impulsionar ganhos de eficiência.

A produtividade do trabalho é fundamental para impulsionar o PIB e elevar a competitividade do país no mercado global. Para garantir um crescimento sustentável, é essencial que políticas públicas e investimentos privados estejam alinhados em busca de inovação, qualificação e modernização das estruturas produtivas.

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