Saúde
Governo Lula usou apenas 44% das vacinas adquiridas em 2024, aponta levantamento
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, anunciou em 2024 a compra de 12,5 milhões de doses da mais recente vacina contra a Covid-19. Apesar do alarde na época, menos da metade dessas vacinas foram efetivamente utilizadas ao longo do ano.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, anunciou em 2024 a compra de 12,5 milhões de doses da mais recente vacina contra a Covid-19. Apesar do alarde na época, menos da metade dessas vacinas foram efetivamente utilizadas ao longo do ano.
Segundo dados oficiais, apenas 5,5 milhões de doses foram aplicadas, o que representa cerca de 44% do total adquirido para imunizar os 215 milhões de brasileiros.
Vacinas em excesso e baixa adesão
O cenário ficou ainda mais preocupante em novembro, quando o Ministério da Saúde confirmou a aquisição de mais 69 milhões de doses, suficientes para abastecer o país por dois anos. Antes disso, em outubro, uma compra emergencial de 1,2 milhão de doses já havia sido realizada.
Enquanto a oferta de vacinas é farta, a adesão da população à vacinação tem sido baixa, deixando milhões de doses estocadas e subutilizadas.
Impacto financeiro: quanto o governo gastou?
De acordo com o Ministério da Saúde, o custo das vacinas adquiridas em 2024 chegou a impressionantes R$ 2,9 bilhões, divididos em dois contratos principais. Apesar do alto investimento, a pasta afirma que conseguiu uma economia de R$ 1 bilhão em comparação com compras anteriores.
Desafios de imunização
Especialistas apontam que a baixa utilização das vacinas pode estar ligada a fatores como:
- Desinformação: A circulação de fake news e a redução no engajamento em campanhas de vacinação.
- Falta de campanhas eficazes: A comunicação do governo não conseguiu mobilizar a população como nas primeiras fases da vacinação contra a Covid-19.
- Cenário pandêmico em declínio: Com a diminuição dos casos graves e das mortes, muitas pessoas deixaram de considerar a vacinação prioritária.
Um estoque subaproveitado
Mesmo com as vacinas disponíveis, a logística e a aplicação têm sido desafios. Especialistas alertam para o risco de desperdício, já que vacinas têm prazo de validade.
Com a compra de mais 69 milhões de doses em novembro e um estoque ainda não utilizado, o governo corre o risco de ver bilhões de reais investidos se transformarem em prejuízo, caso não consiga acelerar a adesão à imunização.
O que o governo diz?
O Ministério da Saúde defendeu as aquisições, afirmando que o objetivo é garantir o abastecimento de longo prazo e evitar a falta de vacinas em momentos críticos. Segundo a pasta, o estoque disponível permite atender a todas as faixas etárias elegíveis, incluindo campanhas de reforço.
Por outro lado, o governo admite que a adesão às vacinas está aquém do esperado e prometeu intensificar campanhas de conscientização em 2025.
A discrepância entre a quantidade de vacinas adquiridas e as doses efetivamente aplicadas evidencia uma gestão com desafios logísticos e de comunicação. Enquanto o Brasil mantém estoques robustos de imunizantes, a baixa adesão da população ameaça o aproveitamento de recursos e a eficácia da estratégia de combate à Covid-19.
A pergunta que fica é: como o governo pretende reverter esse cenário e garantir que bilhões de reais em vacinas não sejam desperdiçados?

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