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Política

Ives Gandra Martins desmonta narrativas de Alexandre de Moraes e do STF e aponta ilegalidades na prisão do General Braga Netto; VEJA VÍDEO


Em sua mensagem de fim de ano, o renomado jurista Ives Gandra Martins fez reflexões contundentes sobre os acontecimentos políticos de 2024, especialmente sobre os desdobramentos do 8 de janeiro e a condução jurídica de casos emblemáticos, como a prisão do General Walter Braga Netto.


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Em sua mensagem de fim de ano, o renomado jurista Ives Gandra Martins fez reflexões contundentes sobre os acontecimentos políticos de 2024, especialmente sobre os desdobramentos do 8 de janeiro e a condução jurídica de casos emblemáticos, como a prisão do General Walter Braga Netto.

Suas declarações questionam narrativas amplamente divulgadas pela mídia, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo governo federal, trazendo à tona argumentos sólidos e críticas relevantes que ecoam entre conservadores e juristas.

“Foi uma baderna, não um golpe”, afirma Ives Gandra

Ao abordar o episódio do 8 de janeiro, Ives Gandra desmentiu categoricamente a versão de que houve uma tentativa de golpe de estado. “Estou convencido de que o 8 de janeiro foi uma baderna que deve ser punida, mas não houve golpe de estado”, declarou. Ele ressaltou que sempre alertou sobre a improbabilidade de os militares brasileiros promoverem um golpe, reforçando que o incidente não passou de um ato desordenado e sem coordenação para configurar uma tentativa real de usurpação do poder.

Críticas à prisão do General Braga Netto

O jurista também teceu fortes críticas à prisão do General Walter Braga Netto, destacando que a decisão judicial contraria a própria jurisprudência do STF e as leis brasileiras. Segundo Gandra, o alegado plano envolvendo o general e outros oficiais não possui base jurídica consistente. “Não houve sequer tentativa; foi um plano tresloucado de alguns, e nem sei se foi um plano… faltou o elemento essencial de um crime: a tentativa”, enfatizou.

A relação entre os Poderes e a crise institucional

Ives Gandra apontou para o que considera uma perigosa sintonia entre o Supremo Tribunal Federal e o Executivo, em detrimento da independência entre os três Poderes. Ele afirmou que o Congresso, embora majoritariamente conservador, está fragmentado, o que dificulta a implementação de medidas para equilibrar a atuação dos outros dois Poderes.

“Temos hoje uma conjunção entre o Supremo e o Executivo, um Congresso fragmentado, a economia estourando e uma falta de política fiscal que traz a volta da inflação e o descompasso cambial”, explicou.

Omissão do governo no 8 de janeiro

Uma das declarações mais incisivas do jurista foi sobre a omissão do governo Lula durante o 8 de janeiro. Gandra questionou a falta de ação do Executivo diante das informações disponíveis sobre os atos antes que eles ocorressem. “Apesar de ter tido a informação, o governo não fez nada. Até hoje o Supremo não procurou saber sobre essa omissão. Ninguém foi punido pela monumental falha que houve naquele dia”, afirmou.

Insegurança jurídica e os desafios do Brasil

Ives Gandra destacou que o Brasil atravessa uma crise de insegurança jurídica devido a prolongamentos de inquéritos e decisões que, segundo ele, desrespeitam princípios fundamentais do direito. Essa instabilidade prejudica a confiança dos cidadãos nas instituições e enfraquece a imagem da Suprema Corte.

“O que o Brasil mais precisa neste momento é de segurança jurídica”, declarou o jurista, acrescentando que, para isso, é necessário diminuir as radicalizações, os ódios e as narrativas distorcidas.

Um apelo por paz e união

Encerrando sua mensagem, Ives Gandra fez um apelo pela paz e união nacional, lembrando os valores cristãos de amor e respeito mútuo. “O que mais desejo é que possamos viver em um país com mais paz e que superemos essa crise econômica, política e jurídica”, disse.

Ele concluiu reforçando que os governantes têm a responsabilidade de não alimentar divisões. “A luta por um Brasil melhor é de todos nós, cidadãos e governantes. Que possamos buscar a verdade dos fatos e construir um futuro mais justo e equilibrado para nossa nação.”

As declarações de Ives Gandra Martins trazem à tona questões delicadas sobre o funcionamento das instituições brasileiras e as narrativas que têm norteado o debate político e jurídico no país. Suas reflexões apontam para a necessidade de um olhar crítico sobre os acontecimentos recentes e de uma postura mais equilibrada entre os Poderes, em prol de uma nação mais estável e democrática.


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