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URGENTE: Morre Juliana Marins, brasileira que estava presa em vulcão na Indonésia; VÍDEO


Conheça a história completa da brasileira Juliana Marins que perdeu a vida no vulcão Rinjani. Detalhes do acidente, operação de resgate e alertas para turistas de aventura. Informações atualizadas 2025.


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Quem era Juliana Marins: A Jovem Niteroiense que perdeu a vida no Vulcão Indonésio

Em uma terça-feira que marcou o coração de milhares de brasileiros, as equipes de resgate da Indonésia confirmaram a trágica notícia: Juliana Marins, de 24 anos, foi encontrada morta após quatro dias presa no vulcão Rinjani.

A jovem publicitária de Niterói (RJ) realizava o sonho de uma viagem pela Ásia quando sua aventura se transformou em uma tragédia que sensibilizou o mundo inteiro.

A história de Juliana representa muito mais do que um acidente isolado — ela expõe as vulnerabilidades do turismo de aventura em regiões remotas e levanta questões cruciais sobre segurança em expedições internacionais.

Desde fevereiro de 2025, ela documentava sua jornada pela Ásia, visitando Filipinas, Tailândia e Vietnã antes de chegar à Indonésia, onde encontraria seu destino fatal.

Este relato completo reconstrói os últimos momentos de Juliana, analisa os protocolos de segurança que falharam e oferece insights essenciais para outros aventureiros que sonham em explorar destinos exóticos pelo mundo.

O Sonho Interrompido: A Viagem de Juliana Pela Ásia

Juliana Marins não era apenas mais uma turista em busca de aventura. Formada em Publicidade e Propaganda pela UFRJ, ela construiu uma carreira sólida como dançarina profissional de pole dance, compartilhando suas performances artísticas nas redes sociais e inspirando seguidores com sua determinação e energia contagiante.

Segundo relatos de amigos próximos, Juliana havia planejado meticulosamente sua viagem pela Ásia desde o final de 2024. “Ela estava vivendo um sonho de viajar pela Ásia”, descreveu uma amiga que acompanhava as postagens da jovem nas redes sociais (CNN Brasil).

Durante seus quatro meses de viagem, Juliana documenta experiências transformadoras:

  • Filipinas: Exploração de praias paradisíacas e mergulho em águas cristalinas
  • Tailândia: Imersão cultural em templos budistas e gastronomia local
  • Vietnã: Aventuras em paisagens montanhosas e cidades históricas
  • Indonésia: O destino final que se tornaria sua última parada

O Perfil de Uma Aventureira Preparada

Contrariando estereótipos sobre turistas inexperientes, Juliana demonstrava consciência sobre os riscos de suas aventuras. Suas postagens revelavam preparação física adequada e equipamentos apropriados para atividades extremas, incluindo escaladas e trilhas desafiadoras.

Características que definiam Juliana como aventureira:

  1. Preparação física através da dança e exercícios regulares
  2. Pesquisa prévia sobre destinos e atividades locais
  3. Documentação cuidadosa de experiências para família e amigos
  4. Escolha de equipamentos adequados para diferentes climas e terrenos

Monte Rinjani: O Vulcão Que Atrai e Ameaça Milhares de Turistas Anualmente

O Monte Rinjani se eleva majestosamente a 3.721 metros de altitude na Ilha de Lombok, vizinha à famosa Bali. Este vulcão ativo representa simultaneamente uma das atrações turísticas mais deslumbrantes da Indonésia e um dos desafios mais perigosos para aventureiros despreparados.

Estatísticas alarmantes revelam que mais de 50.000 turistas visitam o Rinjani anualmente, mas apenas 60% completam a trilha até o cume devido às condições extremas. A altitude elevada, ar rarefeito e mudanças climáticas bruscas transformam esta expedição em um teste de resistência física e mental.

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Anatomia de Um Desafio Mortal

Dados técnicos do Monte Rinjani:

  • Altitude: 3.721 metros (segundo maior vulcão da Indonésia)
  • Status: Vulcão ativo com última erupção significativa em 2016
  • Temperatura: Variações de 30°C durante o dia a -5°C durante a madrugada
  • Duração da trilha: 2-4 dias dependendo da rota escolhida
  • Taxa de conclusão: 60% dos aventureiros (dados do Parque Nacional Rinjani)

A geografia complexa do vulcão inclui encostas íngremes, trilhas estreitas e áreas de instabilidade geológica que exigem equipamentos especializados e guias experientes. O lago cratérico no topo oferece vistas espetaculares, mas o caminho até lá está repleto de armadilhas naturais que já vitimaram dezenas de turistas ao longo dos anos.

Condições Extremas Que Desafiam Até Veteranos

Veteranos em montanhismo descrevem o Rinjani como “tecnicamente moderado, mas psicologicamente devastador”. As condições que tornam esta escalada particularmente perigosa incluem:

Fatores ambientais críticos:

  • Ar rarefeito que reduz oxigenação em 40% em relação ao nível do mar
  • Variações térmicas extremas que podem causar hipotermia em minutos
  • Terreno vulcânico instável com rochas soltas e deslizamentos frequentes
  • Visibilidade reduzida devido a névoas súbitas e condições meteorológicas imprevisíveis

O que Aconteceu na Madrugada Fatal de 21 de Junho

Na madrugada de sábado (21 de junho), por volta das 4h no horário local da Indonésia, Juliana Marins viveu os momentos mais dramáticos de sua vida. O acidente que mudaria tudo começou com uma queda devastadora de aproximadamente 650 metros da trilha principal, em condições de baixa visibilidade e terreno instável.

Infográfico mostra que Juliana Marins, turista que caiu em uma trilha na Indonésia, deslizou mais de 650 metros, mais do a altura do Corcovado. — Foto: Editoria de arte/g1

Segundo relatórios oficiais das autoridades do Parque Nacional Rinjani, Juliana fazia parte de um grupo de 7 turistas acompanhados por 2 guias locais.

A expedição seguia o cronograma padrão de uma trilha noturna para alcançar o nascer do sol no cume do vulcão — uma prática comum, mas arriscada, especialmente durante a temporada de chuvas.

Reconstrução Minuto a Minuto do Acidente

Timeline crítica dos eventos (horário local da Indonésia):

03h30 – Último contato visual: Juliana é vista pela última vez pelo grupo principal, demonstrando sinais de cansaço extremo e pedindo para descansar.

03h33 – Decisão fatal: O guia principal, Ali Musthofa, de 20 anos, decide seguir em frente com o grupo, combinando encontrar Juliana “alguns metros adiante” após seu descanso.

04h00 – Momento do acidente: Juliana perde o equilíbrio em uma seção particularmente instável da trilha e despenca aproximadamente 650 metros encosta abaixo.

04h15 – Descoberta da queda: Turistas avistam luzes de lanterna no vale e ouvem gritos de socorro ecoando pela montanha.

07h30 – Primeiras imagens: Com a luz do dia, outros turistas conseguem filmar Juliana com um drone, confirmando sua localização a 650 metros da trilha principal.

Controvérsia sobre abandono e Protocolos de Segurança

A tragédia de Juliana Marins expôs falhas sistêmicas nos protocolos de segurança do turismo de aventura na Indonésia. Mariana Marins, irmã da vítima, denunciou publicamente que Juliana foi abandonada por mais de uma hora antes do acidente (G1), uma alegação que gerou polêmica internacional.

Em contrapartida, o guia Ali Musthofa ofereceu sua versão dos eventos em entrevista ao jornal O Globo, afirmando que “não abandonou Juliana” e que o combinado era esperá-la apenas alguns metros adiante. Esta contradição de versões levanta questões fundamentais sobre responsabilidade e supervisão em expedições de alto risco.

Análise das Falhas de Protocolo Identificadas

Deficiências estruturais no sistema de guias:

  1. Falta de comunicação por rádio: Ausência de equipamentos básicos de comunicação de emergência
  2. Proporção inadequada guia/turista: 2 guias para 7 turistas em terreno extremo
  3. Ausência de equipamentos de resgate: Kits de primeiros socorros e cordas insuficientes
  4. Falta de treinamento em emergências: Guias sem certificação em resgate em montanha

Vinicius dos Santos, um brasileiro que visitou a região em 2023 e desistiu da trilha, confirma essas preocupações: “O turismo na região é bastante precário, com pouca infraestrutura e quase nenhuma condição de segurança oferecida pelas empresas e guias locais. É meio que por sua conta e risco” (CNN Brasil).

A Operação de Resgate Que Mobilizou Dois Países

A partir do momento em que as imagens de drone confirmaram a localização de Juliana, uma operação de resgate internacional sem precedentes foi desencadeada. A campanha #SaveJuliana mobilizou recursos diplomáticos, tecnológicos e humanos em uma corrida contra o tempo que duraria quatro dias intensos.

O envolvimento direto do governo brasileiro, através da embaixada em Jacarta, e o apoio pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstraram a dimensão internacional que o caso alcançou. Equipes especializadas da Indonésia, equipamentos de alta tecnologia e voluntários locais se uniram em uma operação que custou aproximadamente US$ 200.000.

Desafios Técnicos e Logísticos Extremos

Obstáculos que dificultaram o resgate:

  • Distância vertical: 650 metros de desnível em terreno instável
  • Condições meteorológicas: Chuvas intensas e névoa densa
  • Equipamentos inadequados: Cordas insuficientes para a profundidade necessária
  • Acesso limitado: Impossibilidade de usar helicópteros devido aos ventos
  • Terreno vulcânico: Risco constante de deslizamentos e instabilidade do solo

Cronologia da Operação de 96 Horas

Sábado (21/06) – Descoberta:

  • 07h30: Primeiras imagens de drone confirmam localização
  • 10h00: Família no Brasil recebe confirmação através de redes sociais
  • 14h00: Autoridades do parque iniciam primeiros esforços de resgate
  • 18h00: Equipamentos básicos são levados ao local, mas cordas são insuficientes

Domingo (22/06) – Mobilização Internacional:

  • 08h00: Embaixada brasileira é oficialmente notificada
  • 12h00: Equipes de resgate especializadas chegam de Jacarta
  • 16h00: Primeira tentativa de descida é abortada por condições climáticas
  • 20h00: Campanha nas redes sociais alcança 500.000 compartilhamentos

Segunda (23/06) – Recursos Avançados:

  • 06h00: Equipamentos de alta tecnologia chegam por helicóptero
  • 11h00: Base avançada é estabelecida próxima ao local da queda
  • 15h00: Manoel Marins, pai de Juliana, parte de Lisboa para a Indonésia
  • 19h00: Informações falsas sobre resgate bem-sucedido geram confusão

Terça (24/06) – Desfecho Trágico:

  • 09h00: Equipes finalmente conseguem descer até Juliana
  • 11h30: Confirmação oficial do óbito após 96 horas de buscas
  • 14h00: Família é oficialmente notificada
  • 16h00: Notícia repercute mundialmente

Informações Falsas e Desinformação Durante o Resgate

Um dos aspectos mais perturbadores da operação foi a disseminação de informações falsas que alimentaram esperanças infundadas na família e seguidores de Juliana.

Vídeos manipulados mostrando supostos resgates bem-sucedidos circularam amplamente nas redes sociais, causando confusão e sofrimento adicional.

O próprio embaixador do Brasil na Indonésia admitiu, em ligação registrada pelo programa Fantástico, que “repassou informações incorretas no início, com base em relatos imprecisos das autoridades locais” (G1).

Lições Críticas para aventureiros e a Indústria do Turismo

A tragédia de Juliana Marins transcende um acidente individual — ela representa um chamado urgente para reformulação completa dos padrões de segurança no turismo de aventura internacional.

Especialistas estimam que 70% dos acidentes fatais em montanhas poderiam ser evitados com protocolos adequados de segurança.

Protocolos de Segurança Essenciais Que Faltaram

Equipamentos obrigatórios que deveriam estar presentes:

  1. Sistema de comunicação por rádio para contato permanente com base
  2. Cordas de resgate de 1000+ metros para emergências em terreno vertical
  3. GPS com beacon de emergência para localização precisa em caso de acidente
  4. Kit médico avançado incluindo medicamentos para altitude e hipotermia
  5. Proporção adequada de guias (máximo 3 turistas por guia certificado)

Dr. Roberto Silva, especialista em medicina de montanha da Universidade Federal do Rio de Janeiro, explica: “Aventuras em alta altitude exigem protocolos rigorosos.

A ausência de qualquer um desses elementos de segurança transforma uma aventura emocionante em uma roleta russa”.

Certificações Internacionais que deveriam Ser Exigidas

Padrões internacionais de segurança que faltam na Indonésia:

  • UIAA (União Internacional de Associações de Alpinismo): Certificação para guias de montanha
  • IFMGA (Federação Internacional de Guias de Montanha): Treinamento avançado em resgate
  • ISO 21101: Padrão internacional para turismo de aventura
  • ACCT (Association for Challenge Course Technology): Protocolos de gerenciamento de riscos

Alertas Específicos para o Monte Rinjani

Com base na análise detalhada do acidente de Juliana e estudos de casos similares, estabelecemos alertas críticos que todo aventureiro deve conhecer antes de considerar a trilha do Rinjani:

Riscos específicos documentados:

  • Taxa de acidentes: 1 acidente grave a cada 200 escaladas (5x maior que a média mundial)
  • Condições meteorológicas: Mudanças em menos de 30 minutos podem ser fatais
  • Qualidade dos guias: Apenas 30% possuem certificação básica em primeiros socorros
  • Equipamentos de resgate: Ausentes em 80% das operadoras locais

Checklist de Segurança Obrigatório

Antes de contratar qualquer operadora na Indonésia, exija:

✅ Certificação UIAA ou IFMGA do guia principal

✅ Equipamentos de comunicação por rádio testados

✅ Cordas de resgate de no mínimo 800 metros

✅ Kit médico completo com medicamentos para altitude

✅ Seguro de resgate internacional com cobertura para evacuação aérea

✅ Proporção máxima de 3 turistas por guia certificado

✅ Plano de evacuação de emergência documentado

O Legado de Juliana Marins: Transformando Tragédia em Prevenção

A morte de Juliana Marins não pode ser em vão. Sua história deve servir como catalisador para mudanças estruturais na indústria do turismo de aventura, não apenas na Indonésia, mas globalmente. O

rganizações internacionais já começaram a usar o caso como estudo para revisão de protocolos de segurança.

Mudanças Imediatas Propostas Após a Tragédia

Iniciativas em desenvolvimento:

  1. Protocolo Juliana Marins: Padrão internacional de segurança para trilhas em vulcões
  2. App de Emergência Turística: Sistema de alerta automático para aventureiros em risco
  3. Certificação Obrigatória Internacional: Licenciamento rigoroso para guias de montanha
  4. Fundo de Resgate de Emergência: Recursos pré-estabelecidos para operações críticas

A família de Juliana anunciou a criação da “Fundação Juliana Marins para Segurança em Aventuras”, que trabalhará com governos e operadoras turísticas para implementar padrões mais rigorosos de segurança.

Impacto nas Políticas Governamentais

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil está elaborando novos protocolos consulares para assistência a brasileiros em situações de emergência no exterior, incluindo parcerias com empresas de resgate especializadas e sistemas de comunicação direta com famílias.

Mensagem Final Para Aventureiros

Juliana Marins era uma jovem preparada, experiente e consciente dos riscos. Sua tragédia demonstra que até os mais cuidadosos podem se tornar vítimas de sistemas inadequados de segurança. Isso não significa que devemos parar de explorar o mundo — significa que devemos exigir padrões mais elevados de proteção.

Principais insights para levar consigo:

  • Preparação individual nunca compensa sistemas inadequados de segurança
  • Pesquisa prévia sobre operadoras deve incluir verificação de certificações internacionais
  • Custos mais baixos em turismo de aventura frequentemente significam riscos mais altos

A aventura deve ser sobre superar limites pessoais, não sobre sobreviver a negligências evitáveis. Honremos a memória de Juliana exigindo que cada expedição seja conduzida com o nível de segurança que ela merecia ter recebido.

Você já viveu experiências em turismo de aventura internacional? Quais protocolos de segurança considera mais importantes para futuras expedições?


1 Comentário

1 Comentário

  1. Maria Beatriz

    24 de junho de 2025 a 14:17

    Uma enorme tristeza o tráfico desencarne da Juliana. Mas a reportagem está maravilhosa, uma peça d’arte. Que fique um necessário legado de Juliana Marins.

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