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Presidente do Irã, um fanático que condenou milhares à morte
O Irã enfrenta um momento altamente sensível após a morte do presidente Ebrahim Raisi, uma figura conhecida por sua brutalidade contra opositores e sua obsessão pela destruição de Israel.

O Irã enfrenta um momento altamente sensível após a morte do presidente Ebrahim Raisi, uma figura conhecida por sua brutalidade contra opositores e sua obsessão pela destruição de Israel.
No entanto, sua substituição não deve ser difícil, pois o regime possui inúmeros clones prontos para assumir o poder.
O contexto atual é crítico para o país. O Irã quebrou o tabu de atacar Israel, sofrendo uma derrota significativa, e está à beira de possuir uma bomba nuclear, enquanto lida com múltiplos conflitos envolvendo seus aliados na região. Diante dessa situação, a morte de Raisi fará alguma diferença?
Provavelmente pouca. O verdadeiro arquiteto das políticas iranianas não é o presidente, mas o líder supremo, Ali Khamenei, que detém a autoridade religiosa e moral no país.
Aos 85 anos e com problemas de saúde, Khamenei ainda controla firmemente o regime e comandará a sucessão sem grandes dificuldades. Ele dita as ordens e os demais obedecem. É possível que ocorra uma nova eleição ou simplesmente uma nomeação interina para preencher a vaga de presidente.
Assim, enquanto a morte de Raisi pode parecer um golpe significativo, o poder no Irã continua concentrado nas mãos de Khamenei, que, apesar de sua idade avançada, mantém a hegemonia sobre o destino do país e suas políticas agressivas.
Quem será o sucessor do Presidente do Irã?
“É difícil imaginar alguém pior”, analisou realisticamente o general da reserva Tamir Hayman, ex-chefe do serviço de inteligência militar israelense, para o Jerusalem Post.
Ebrahim Raisi, membro do clero xiita e protegido do líder supremo Ali Khamenei, era conhecido por sua postura extremista e sua obsessão pela destruição de Israel. No entanto, muitos outros fanáticos religiosos, com visões igualmente radicais, permanecem no regime.
Ironicamente, Raisi fez carreira no Ministério Público, ganhando o apelido de “carniceiro de Teerã” por sua atuação implacável. Sob suas ordens, pelo menos cinco mil pessoas foram executadas, a maioria militantes de organizações políticos inicialmente aliadas ao regime dos aiatolás, mas que foram eliminadas em um movimento típico das revoluções que consomem seus próprios filhos.
Homens como Raisi foram fundamentais para o regime iraniano, promovendo brilhantemente seus aliados e até vencendo a guerra civil na Síria.
Hoje, o arco xiita é uma força ascendente no Oriente Médio, forçando países sunitas como a Arábia Saudita a buscarem novas alianças com os Estados Unidos e até com Israel, conforme o conflito em Gaza permitir.
O Irã mudou as regras do jogo ao atacar Israel com drones e mísseis. Apesar do fracasso e da resposta conjunta de Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Jordânia, o fato de que um tabu foi quebrado tem enormes implicações.
Após os assassinatos de figuras importantes do regime, como Qassem Suleimani e altos comandantes da Guarda Revolucionária na Síria, surgem várias teorias conspiratórias. Porém, não há evidências de que o acidente de helicóptero que matou Raisi tenha sido algo além de um acidente.
Raisi era considerado um potencial sucessor de Khamenei e travava uma guerra de bastidores com Mojtaba Khamenei, filho do aiatolá. Embora a hereditariedade no poder seja condenada pelo xiismo, a realidade apresenta nuances diferentes.
O fato de o presidente ser substituível e não possuir uma liderança forte é relativamente tranquilizador em meio à atual volatilidade no Oriente Médio. Ninguém deve lamentar a morte de um homem tão brutal, nem decretar luto oficial, além do cumprimento estrito do protocolo.
Em particular, é permitido sentir um certo alívio pelo fato de que, se foi realmente um acidente natural, a situação não piorará ainda mais.

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