Economia
Sob governo Lula, Petrobras perde R$ 53 bilhões em valor de mercado
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A Petrobras perdeu R$ 53 bilhões em valor de mercado até as 13 horas desta sexta-feira (8/3), no primeiro dia útil após a divulgação do balanço da companhia, na noite de quinta-feira (7/3). O cálculo foi feito pelo analista Einar Rivero, sócio fundador da Elos Ayta Consultoria.
O valor de mercado equivale ao preço de uma ação, multiplicado pelo total de papéis que a empresa tem na Bolsa brasileira (B3). Ele, portanto, reflete a cotação da companhia sob o ponto de vista dos investidores. Varia seguindo as oscilações do pregão.
As ações da Petrobras desabaram desde a abertura da Bolsa brasileira. As ordinárias (com direito a voto em assembleias da empresa) caíam 12% por volta das 11h, cotadas a R$ 36,24. No mesmo horário, as preferencias (sem direito a voto) recuavam 11%, a R$ 35,95%. Os dois papéis lideravam as quedas do Ibovespa, que operava em baixa de 1,45%, aos 126.479 pontos.
Por volta das 13 horas e a partir daí, a queda dos papéis da empresa foi menos violenta, embora ainda forte. Eles registravam um recuo de cerca de 9%. Às 15 horas, passaram a cair 8%. O Ibovespa seguia em queda de 0,77%.
Caos pós-balanço
O recuo das ações ocorreu depois que a Petrobras divulgou, na quinta-feira (7/3), queda de 33,8% no lucro de 2023 em relação ao de 2022. A estatal também comunicou um pagamento de dividendos – a cota do resultado distribuída aos acionistas – inferior ao previsto pelo mercado.
A desvalorização das ações no Brasil seguiu o movimento registrado antes da abertura da Bolsa de Nova York, por volta das 7h desta sexta-feira. Nesse momento, os ADRs (American Depositary Receipts, os recibos de ações negociados no exterior) caíram 10,72%.
Queda do lucro
O lucro líquido da Petrobras foi de R$ 124,6 bilhões em 2023, ou menos 33,8%, na comparação com os R$ 188,3 bilhões obtidos em 2022. Analistas ouvidos pela Bloomberg estimavam um valor de cerca de R$ 127 bilhões.
Além disso, a empresa comunicou que seu Conselho de Administração recomendou a distribuição de dividendos equivalentes a R$ 14,2 bilhões, sem dividendos extraordinários. A proposta será avaliada em Assembleia Geral Ordinária (AGO), prevista para ocorrer em 25 de abril.
A expectativa do mercado, no entanto, era maior. Analistas do JP Morgan, por exemplo, esperavam que houvesse o pagamento de dividendos extraordinários entre US$ 2,5 bilhões e US$ 4 bilhões, além dos US$ 3,4 bilhões de dividendos mínimos.
De acordo com Rivero, o volume de dividendos distribuídos aos acionistas pela estatal em 2023 foi 49,5% inferior ao de 2022. No ano passado, a empresa desembolsou R$ 98,1 bilhões. No ano anterior, o valor foi de R$ 194,6 bilhões.
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