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Economia

Nubank ultrapassa Petrobras e se torna a maior empresa brasileira em valor de mercado

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Uma mudança sísmica acaba de redefinir a economia brasileira em outubro de 2025. Pela primeira vez na história, uma empresa de tecnologia superou a gigante do petróleo: o Nubank ultrapassou a Petrobras e se tornou a maior empresa brasileira em valor de mercado. Após uma forte valorização acumulada de 6% no mês, o banco digital atingiu um valuation impressionante de **US$ 76,7 bilhões** (cerca de R$ 409 bilhões no câmbio atual).

Essa notícia é mais do que uma troca de posições em um ranking. (Macro) Ela simboliza a ascensão meteórica da “nova economia” digital sobre a indústria de base tradicional. (Micro) Para os mais de 100 milhões de clientes que fazem o nubank login diariamente em suas contas, é a consolidação de um modelo de negócio que começou como uma simples fintech e agora domina o cenário financeiro da América Latina. (Confesso que ver essa virada acontecer em tempo real é impressionante).

Como uma empresa tão jovem conseguiu esse feito? A ascensão do Nubank não é obra do acaso, mas sim uma combinação de 5 fatores estratégicos: crescimento de clientes explosivo, lucratividade comprovada, expansão global, tecnologia de ponta e, claro, o momento desafiador da Petrobras.

O Novo Pódio: Ranking das Empresas Mais Valiosas do Brasil (Outubro 2025)

A “virada de chave” foi registrada pela Elos Ayta Consultoria, que monitora o valor de mercado das companhias de capital aberto. Os dados de outubro mostram que o valor nubank superou não apenas a Petrobras, mas se distanciou firmemente do Itaú, que agora ocupa a terceira posição.

Posição (Brasil) Empresa Valor de Mercado (USD) Setor
Nubank **US$ 76,7 Bilhões** Financeiro (Fintech)
Petrobras US$ 74,7 Bilhões Óleo e Gás
Itaú Unibanco US$ 73,1 Bilhões Financeiro (Tradicional)

Fonte: Elos Ayta Consultoria, Outubro 2025.

No cenário da América Latina, o banco Nubank consolida-se como a segunda maior empresa do continente. A primeira posição, com folga, pertence ao gigante do e-commerce Mercado Livre, avaliado em US$ 116 bilhões.

A Explosão da Base de Clientes (PF, MEI e PJ)

O primeiro motor do valor nubank é sua escala. A empresa alcançou um marco que bancos tradicionais levaram décadas para construir: ultrapassou a marca de 100 milhões de clientes.

Esse número, por si só, é maior que a base de correntistas de gigantes como Banco do Brasil e Itaú. O mercado não vê apenas 100 milhões de pessoas; vê 100 milhões de fontes de receita em potencial.

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Como a conta Nubank MEI e Empresarial impulsionou essa escala?

Um dos segredos do sucesso recente do Nubank foi sua entrada agressiva no mercado de Pessoa Jurídica. A empresa entendeu que o microempreendedor individual (MEI) e o pequeno empresário estavam mal atendidos pelos bancos tradicionais.

Ao oferecer um processo para abrir conta empresarial nubank que é 100% digital, sem burocracia, sem taxas de manutenção abusivas e com um atendimento que dispensa a necessidade de ligar para um nubank telefone de agência, a fintech atraiu milhões de empreendedores. O Nubank MEI e o Nubank Empresarial se tornaram ferramentas essenciais de gestão para pequenos negócios, diversificando a receita do banco para além do cartão de crédito pessoal.

A Virada para o Lucro (A “Galinha dos Ovos de Ouro”)

Por anos, a principal crítica às fintechs era: “elas crescem, mas dão prejuízo”. O Nubank quebrou essa barreira de forma espetacular. O mercado não está “apostando” em uma tese; está reagindo a números concretos.

Lucro Líquido de US$ 637 Milhões: A Prova de Conceito

No resultado trimestral mais recente (divulgado em agosto de 2025), a companhia reportou um lucro líquido de US$ 637 milhões, superando as projeções de mercado e representando uma alta de 42% na base anual.

Este balanço animou investidores e fez diversos bancos de investimento revisarem suas estimativas.

“O Nubank conseguiu transformar o ganho de escala em geração efetiva de lucro e valor ao acionista. A combinação de crescimento acelerado, controle de custos e diversificação de receitas o colocou em um novo patamar de competitividade na região”, avalia a Elos Ayta Consultoria.

Essa lucratividade vem da eficiência do modelo de negócio. O custo para manter um cliente no Nubank é irrisório comparado ao de um banco tradicional, que precisa manter agências físicas, caixas eletrônicos e uma infraestrutura pesada.

A Expansão Global (México, Colômbia e EUA)

O valor do Nubank não se baseia apenas no Brasil. O mercado está precificando sua agressiva e bem-sucedida expansão internacional, transformando a empresa Nubank de um player local em um gigante regional com ambições globais.

O crescimento em outras geografias, como México e Colômbia, tem sido notável. O México, em particular, tem mostrado uma melhora macroeconômica que animou o mercado e a gestão da fintech, provando que o modelo de negócio é replicável em outras culturas latinas.

Por que a licença nos EUA muda o jogo para o Nubank Valor?

O movimento mais ousado (e que mais animou investidores) foi a solicitação de um charter (licença bancária) nos Estados Unidos nas últimas semanas.

Esta solicitação mudou a percepção do mercado. O Nubank sinalizou que não será “apenas uma gigante latina”, mas que pretende competir no mercado mais lucrativo do mundo, com potencial de escala global. O mercado antecipa esse potencial e o embute no preço da ação.

A Vantagem Tecnológica (IA e Hyperplane)

O Nubank é, em essência, uma empresa de tecnologia que opera no setor financeiro. Em 2024, o banco adquiriu a Hyperplane, uma empresa de inteligência de dados do Vale do Silício. O mercado está começando a ver os frutos desse investimento.

A Inteligência Artificial da Hyperplane permite ao Nubank analisar o comportamento de seus 100 milhões de clientes para criar modelos de crédito ultra-precisos. Isso resulta em duas vitórias estratégicas:

  1. Menos Risco: Conceder crédito de forma mais inteligente, reduzindo a inadimplência (calote).
  2. Mais Receita: Oferecer o produto certo (como um empréstimo pessoal) no momento exato em que o cliente precisa, aumentando a conversão.

 O “Contrapeso” – Por que a Petrobras Perdeu o Trono?

A ascensão do Nubank foi impulsionada por mérito próprio, mas também foi auxiliada por um momento desafiador para a Petrobras. A estatal viu suas ações recuarem 5,5% nos últimos 30 dias e acumula uma queda de 18% no ano de 2025.

O Impacto da Queda do Petróleo (Brent < US$ 65)

O principal fator é externo: a queda no preço do petróleo. A commodity sofre com um excesso de oferta global, o que pressiona os preços para baixo. Atualmente, o barril do tipo Brent opera abaixo de US$ 65.

Segundo especialistas da S&P Global, esse excesso de oferta está se acumulando. Para a Petrobras, isso é fatal: mesmo que sua produção operacional seja positiva, o preço final do seu produto é menor, o que “impacta direta e significativamente as linhas finais do balanço da empresa”.

Risco Político vs. Previsibilidade da Fintech

Enquanto o Nubank tem riscos de execução (precisa continuar crescendo e lucrando), a Petrobras carrega um risco que o mercado detesta: a incerteza política. Investidores precificam o medo de interferência governamental na política de preços dos combustíveis ou na estratégia de dividendos da estatal. O Nubank, livre dessa amarra, é visto como mais previsível e focado 100% em gerar valor ao acionista.

Um Novo Paradigma: O Valor Nubank e a Nova Economia Brasileira

A ascensão do Nubank ao posto de empresa mais valiosa do Brasil é o evento econômico mais simbólico de 2025. A fintech provou que seu modelo de negócio – baseado em escala massiva de clientes (incluindo Nubank MEI), lucros crescentes, tecnologia de ponta (IA) e expansão global – é mais valorizado pelo mercado do que o modelo tradicional de commodities da Petrobras. A virada de outubro não é apenas sobre números; é sobre a consolidação definitiva da economia digital no topo do poder corporativo brasileiro.

  • O Nubank atingiu US$ 76,7 bilhões em valor de mercado, superando os US$ 74,7 bilhões da Petrobras.
  • Os 5 fatores-chave são: +100 milhões de clientes, lucro recorde (US$ 637 mi), uso de IA, expansão global (EUA) e otimismo do mercado.
  • A queda da Petrobras é explicada pela baixa do petróleo Brent (abaixo de US$ 65), que reduz a projeção de lucros da estatal.

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