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Primeira parcela do 13º salário chega em novembro e deve beneficiar 60 milhões de brasileiros

A primeira parcela do 13º salário de 2025 começará a ser paga em novembro, beneficiando milhões de trabalhadores com carteira assinada em todo o país. A medida deve injetar mais de R$ 120 bilhões na economia brasileira, segundo estimativas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), impulsionando o consumo de fim de ano e o pagamento de dívidas.
O 13º salário é um direito garantido pela Lei nº 4.090/1962, que determina o pagamento em duas parcelas. A primeira, sem descontos, precisa ser depositada até o dia 30 de novembro, enquanto a segunda, já com os devidos abatimentos de INSS e Imposto de Renda, deve ser quitada até 20 de dezembro.
Como será o pagamento do 13º salário em 2025
De acordo com o Ministério do Trabalho, o prazo limite para o pagamento da primeira parcela é 30 de novembro de 2025, que cai em um domingo. Por isso, as empresas deverão antecipar o depósito para sexta-feira, 28 de novembro, conforme determina a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Essa antecipação é obrigatória quando o prazo final coincide com um dia não útil, garantindo que o trabalhador receba o benefício dentro do período legal.
Já a segunda parcela deve ser paga até 20 de dezembro de 2025, uma sábado, o que também exigirá antecipação para sexta-feira, 19 de dezembro, garantindo que os valores estejam disponíveis antes do fim de semana.
Muitas empresas, no entanto, antecipam parte do 13º salário juntamente com as férias ou folhas salariais anteriores, a depender do acordo coletivo ou da política interna.
Quem tem direito ao 13º salário
Todo trabalhador com carteira assinada (CLT) tem direito ao 13º salário, inclusive empregados domésticos, rurais, urbanos e avulsos. O valor é proporcional ao período trabalhado durante o ano.
A regra básica é simples: o empregado que trabalhou o ano inteiro (12 meses) recebe um salário integral como 13º. Já quem trabalhou menos tempo, recebe o valor proporcional, calculado com base em 1/12 por mês trabalhado.
Para ter direito ao 13º, o trabalhador precisa ter exercido atividade por no mínimo 15 dias em um determinado mês. Cada mês completo equivale a 1/12 avos do salário.
Cálculo do 13º salário
O cálculo do 13º é feito dividindo o salário bruto por 12 e multiplicando pelo número de meses trabalhados no ano.
Por exemplo:
Um trabalhador que recebe R$ 3.000 e trabalhou durante todo o ano de 2025 receberá R$ 3.000 de 13º, pagos em duas parcelas de R$ 1.500 cada.
Quem trabalhou apenas seis meses no ano, receberá R$ 1.500 (metade do valor total), também dividido em duas parcelas.
A primeira parcela é paga sem descontos, enquanto a segunda parcela tem os descontos de INSS e Imposto de Renda, conforme as tabelas vigentes.
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Descontos aplicados na segunda parcela
- INSS: varia conforme a faixa salarial, com alíquotas progressivas de 7,5% a 14%;
- Imposto de Renda: incide apenas sobre valores superiores à faixa de isenção (em 2025, até R$ 2.824,00 mensais estão isentos).
Esses descontos são aplicados apenas na segunda parcela do 13º salário, o que explica a diferença entre o valor das duas parcelas.
13º salário para aposentados e pensionistas do INSS
Os aposentados e pensionistas do INSS já receberam a antecipação do 13º salário em 2025, paga em duas etapas:
- Primeira parcela: creditada junto ao benefício de abril de 2025;
- Segunda parcela: paga em maio de 2025, conforme o calendário de benefícios.
Essa antecipação, em vigor desde 2020, visa garantir liquidez financeira no primeiro semestre, especialmente para aposentados de baixa renda.
Impacto econômico do 13º salário
O pagamento do 13º salário é considerado um dos principais impulsos de fim de ano para o comércio, serviços e arrecadação tributária. Em 2025, o impacto total estimado é de R$ 122 bilhões, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Esse montante representa cerca de 2% do PIB nacional, movimentando o varejo e o setor de turismo. A expectativa é de aumento nas vendas de Natal, viagens e quitação de dívidas.
Ainda conforme a CNC, metade dos trabalhadores deve usar parte do 13º para pagar dívidas, enquanto 38% pretendem gastar com presentes e 12% planejam poupar ou investir.
Setores que mais se beneficiam
O comércio varejista é o principal beneficiado, com crescimento projetado de 4,5% no volume de vendas em dezembro, impulsionado pelo 13º salário. Segmentos como eletrodomésticos, vestuário, calçados, supermercados e turismo estão entre os que mais crescem.
O setor de serviços, especialmente alimentação e transporte, também registra aumento de demanda nesse período.
Antecipação do 13º e crédito consignado
Alguns bancos oferecem a antecipação do 13º salário como forma de crédito, especialmente para aposentados e servidores públicos. Nessa modalidade, o trabalhador pode receber parte do valor antes do prazo, mediante taxa de juros.
Especialistas alertam, contudo, que essa prática deve ser avaliada com cuidado, pois o adiantamento é uma linha de crédito, e não uma gratificação extra.
Diferenças para quem mudou de emprego
Em casos de mudança de empresa, o valor do 13º é proporcional ao tempo de serviço prestado a cada empregador. Assim, o antigo e o novo patrão pagam parcelas correspondentes ao período em que o funcionário trabalhou em cada local.
Se o trabalhador foi demitido sem justa causa, o valor proporcional é pago junto à rescisão. Já quem pede demissão também tem direito ao proporcional, exceto quando não completou 15 dias de trabalho no mês.
Obrigações para as empresas
As empresas devem se planejar para quitar as parcelas dentro dos prazos legais. O não pagamento pode gerar multa de 160 UFIRs por empregado e outras penalidades trabalhistas.
Para garantir transparência, o valor do 13º deve constar em folha separada e ser discriminado no holerite do trabalhador, conforme determinação do artigo 3º da Lei 4.749/65.
Empregadores domésticos também precisam seguir o mesmo calendário, efetuando os depósitos até as datas-limite estabelecidas.
O 13º salário e a economia das famílias
Mais do que um direito trabalhista, o 13º salário tem impacto direto na melhoria das condições de vida das famílias brasileiras. Ele funciona como um reforço financeiro no fim do ano, ajudando na compra de alimentos, pagamento de contas, viagens e até na poupança para o início do ano seguinte.
Em 2025, o aumento da massa salarial e a estabilidade do emprego formal devem elevar o número de beneficiários para quase 60 milhões de trabalhadores.
Expectativas para 2026
Economistas projetam que, com o avanço da formalização e a recuperação da renda, o 13º de 2026 poderá alcançar R$ 130 bilhões em injeção na economia. O governo estuda medidas para incentivar o uso consciente desse recurso, estimulando a educação financeira e o pagamento de dívidas.
O pagamento da primeira parcela do 13º salário em novembro de 2025 representa não apenas o cumprimento de um direito legal, mas também um marco econômico importante para o país. Com datas definidas, regras claras e forte impacto no consumo, o benefício movimenta setores inteiros da economia e ajuda milhões de famílias brasileiras a equilibrar o orçamento de fim de ano.
A orientação dos especialistas é que o trabalhador utilize o valor com responsabilidade, priorizando o pagamento de dívidas e o planejamento financeiro para 2026.

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