Justiça
Mais de 70% dos brasileiros desaprovam STF por anular punições aplicadas a empresas durante a Operação Lava Jato
O instituto de pesquisa Genial/Quaest divulgou neste domingo, 3, que 74% dos brasileiros desaprovam o Supremo Tribunal Federal (STF) por anular as punições aplicadas a empresas durante a Operação Lava Jato. Os entrevistados foram questionados se as recentes decisões dos ministros da Corte máxima incentivam a corrupção no país.
A pesquisa foi realizada entre os dias 25 e 27 de fevereiro com 2 mil pessoas com mais de 16 anos.
Do total de entrevistados, 14% não acreditam que essas decisões da Corte incentivem a corrupção no país. Outros 12% do total de entrevistados não souberam ou não quiseram responder.
As maiores taxas de desaprovação do STF foram registradas entre homens (79%), residentes da região Sul (80%) e eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022 (85%).
A percepção negativa sobre decisões do STF supera até mesmo o porcentual de entrevistados que acham que a Lava Jato ajudou a combater a corrupção no País, que é de 49%.
A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Relembre as anulações do STF
No próximo dia 17, a força-tarefa da Polícia Federal (PF) completará 10 anos. O STF está revisando a operação, suspendendo multas de acordos de leniência firmados com empresas e questionando provas, o que resultou na anulação de condenações.
Em setembro de 2023, o ministro Dias Toffoli anulou todas as provas do acordo de leniência da empreiteira Odebrecht (atualmente com o nome de Novonor) que foram usadas em acusações e condenações resultantes da Operação Lava Jato.
Toffoli afirmou que a prisão do presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva foi uma “armação” e “um dos maiores erros judiciários da história do país”.
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) recorreram da decisão do ministro. Os recursos estão em análise.
A J&F também já havia sido beneficada por Toffoli em decisão semelhante.
Políticos também foram beneficiados
Condenado a mais de 400 anos por crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, Sérgio Cabral foi preso em 2016 e solto em 2023
Além das empresas, outros réus da Operação Lava Jato foram igualmente favorecidos por decisões do ministro. Entre eles, o ex-governador do Paraná, Beto Richa, o ex-senador de Alagoas, Fernando Collor, e o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.
No âmbito da operação em 2021, o STF anulou as condenações de Lula, abrindo caminho para a eleição do petista em 2022.
A pesquisa ouviu sobre Moro
A pesquisa também perguntou aos entrevistados sobre a atuação do ex-juiz e atual senador da República Sério Moro (União Brasil-PR) durante a Operação Lava Jato.
O trabalho dele foi desaprovado pro 44% dos entrevistados, enquanto outros 40% aprovaram.
Moro foi o responsável por julgar casos da Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba. Considerando a margem de erro, aprovação e desaprovação de Moro como juiz da Lava Jato estão tecnicamente empatados.
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