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“Uma fotografia que pode mudar os EUA para sempre”


O crítico de arte americano Philip Kennicott, vencedor do Pulitzer, analisa a fotografia de Evan Vucci, capturada após o atentado contra Donald Trump


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O crítico de arte americano Philip Kennicott, vencedor do Pulitzer, analisa a fotografia de Evan Vucci, capturada após o atentado contra Donald Trump

O crítico de arte Philip Kennicott publicou um artigo intitulado “Uma fotografia poderosa que pode mudar os EUA para sempre” no Washington Post neste domingo, 14. Kennicott discute a recente foto tirada por Evan Vucci, da Associated Press, que mostra Donald Trump ensanguentado após um tiroteio em um comício na Pensilvânia. Essa imagem, segundo Kennicott, “pode mudar os EUA para sempre”.

Kennicott começa lembrando que “uma pessoa está morta, duas outras estão gravemente feridas, e a vida política americana está mais perigosa hoje do que ontem”. Ele aponta que, embora o ex-presidente Trump tenha sido ferido na orelha direita e esteja fora de perigo, o “corpo político” sofreu uma ferida muito mais profunda, cuja “futuro ainda não está claro”.

A imagem capturada por Vucci mostra Trump com sangue no rosto, “seu braço direito levantado para fazer um gesto de punho cerrado à multidão, enquanto a bandeira americana ondula acima de sua cabeça”. Kennicott observa que a imagem é “fortemente construída, com ângulos agressivos que refletem o caos e o drama do momento, e um poderoso equilíbrio de cores, tudo em vermelho, branco e azul”.

“Poder concentrado”

Segundo Kennicott, essa fotografia “tem o poder concentrado que o filme de Zapruder, do assassinato de John F. Kennedy em 1963, não tem”, e seu impacto pode transcender a infame imagem de 1988 do então candidato Michael Dukakis em um tanque. Ele argumenta que a foto de Vucci “criará uma realidade mais real que a própria realidade”, transformando o caos e a desordem de alguns momentos de perigo no palco em uma “imagem icônica da coragem, determinação e heroísmo de Trump”.

A imagem é descrita como “densamente embalada com marcadores de nacionalismo e autoridade — a bandeira, o sangue, os rostos urgentes de agentes federais em ternos escuros”. O crítico de arte também reflete sobre o poder da fotografia em momentos de violência, afirmando que “a câmera é reflexivamente atraída por cenas de violência, e as fotografias congelam esses momentos, muitas vezes matando nossa capacidade de analisá-los com desapego”.

Kennicott conclui que a foto de Vucci “destila e refina os temas básicos da carreira política de Trump em uma única, explosiva imagem”. Ele prevê que o evento e a imagem “vincularão ainda mais o ex-presidente a seus apoiadores”, que encontrarão na foto “tudo o que procuraram em seu líder: prova de sua resiliência, evidência de coragem, talvez até mesmo alguns dos poderes divinos que lhe são atribuídos nos memes populares que o mostram com um físico olímpico, carregado de poder e vigor”.

Quem é Philip Kennicott
Philip Kennicott é um crítico de arte e cultura americano, conhecido por seu trabalho no Washington Post. Vencedor do Prêmio Pulitzer de Crítica em 2013, Kennicott é autor de análises sobre arte, música e arquitetura. Sua escrita frequentemente explora a interseção entre arte e questões sociais e políticas contemporâneas.


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