Política
TSE vai endossar farsa eleitoral de Maduro por Lula?
A Corte Eleitoral mudou de ideia e decidiu enviar observadores à Venezuela após pressão do Itamaraty
A Corte Eleitoral mudou de ideia e decidiu enviar observadores à Venezuela após pressão do Itamaraty
A decisão da presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Cármen Lúcia, de enviar dois servidores para observar a farsa eleitoral montada pelo ditador Nicolás Maduro na Venezuela provocou mal-estar no TSE, levantando temores de que a decisão seja interpretada como um endosso a um pleito marcado por ameaças e perseguição aos opositores de Maduro, registrou O Globo.
Segundo o jornal, o tribunal, que já havia se posicionado contra o envio de observadores, ainda na gestão de Alexandre de Moraes, cedeu à pressão realizada pelo Itamaraty de Lula.
Além dos servidores do TSE, que não haviam deixado o Brasil até a noite de segunda-feira, 22, o assessor especial de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, foi escalado pelo petista para ir à Venezuela endossar a farsa eleitoral do regime chavista.
“Banho de sangue”
Na semana passada, Maduro afirmou que a Venezuela pode ter um “banho de sangue” caso ele perca a farsa eleitoral em 28 de julho.
“O destino da Venezuela no século 21 depende de nossa vitória em 28 de julho. Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”, disse o ditador em comício na quarta-feira, 17.
O governo Lula, cuja política externa é submetida a Celso Amorim, ignora o autoritarismo de Maduro.
Amorim passa pano para Maduro
Questionado sobre a declaração do “banho de sangue” em entrevista à GloboNews, Amorim disse que não acredita que vá haver banho de sangue. Segundo ele, “não é desejável esse tipo de declaração, mas eu não acredito que ela se materialize. E também, ele não colocou como um banho de sangue imediato….”, afirmou o ex-chanceler.
“Não vou justificar, não, que eu acho que realmente é errado. Não se fala em sangue na época da eleição. Na eleição, você fala em voto, e não fala em sangue.”