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Terroristas do Hamas rejeita acordo, e Israel retira negociadores do Catar
Segundo o jornal Times of Israel, uma equipe da Mossad, o serviço de inteligência estrangeira israelense, permaneceu em Doha para dar continuidade às negociações
O Hamas rejeitou nesta segunda-feira, 25, um acordo proposto pelo governo dos Estados Unidos para a libertação de 40 reféns em troca de prisioneiros palestinos. Em resposta, o governo de Israel ordenou nesta terça, 26, o retorno de seus negociadores que estavam no Catar há oito dias.
Segundo o jornal Times of Israel, uma equipe da Mossad, o serviço de inteligência estrangeira israelense, permaneceu em Doha para dar continuidade às negociações.
Sem fornecer detalhes, Majed al-Ansari, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, afirmou que as negociações seguem em andamento e que a entrada e saída de delegações é um “movimento natural”.
“Algumas das delegações negociadoras sobre a situação em Gaza ainda estão em Doha, e a entrada e saída de delegações é um movimento natural no âmbito do processo de negociação, e não notamos quaisquer efeitos negativos da recente resolução do Conselho de Segurança sobre a condução dos processos de negociação e mediação.”
المتحدث الرسمي لوزارة الخارجية @majedalansari ، خلال الإحاطة الأسبوعية : جانب من وفود المفاوضات حول الأوضاع في غزة لاتزال في الدوحة، ودخول وخروج الوفود حركة طبيعية في إطار العملية التفاوضية، ولم نلحظ أي تأثيرات سلبية من قرار مجلس الأمن الأخير على سير عمليات التفاوض والوساطة.… pic.twitter.com/XmzxkhNUQs
— الخارجية القطرية (@MofaQatar_AR) March 26, 2024
A falta de interesse do Hamas em negociar
Horas após o Conselho de Segurança da ONU exigir um cessar-fogo imediato em Gaza durante o Ramadã e a libertação de reféns, o grupo terrorista Hamas informou aos mediadores de um acordo no Catar que manteria a sua posição original em relação a um cessar-fogo permanente, com a retirada das tropas israelenses de Gaza, o regresso dos palestinos deslocados às suas casas e “uma verdadeira troca de prisioneiros”.
“Israel não atenderá às exigências ilusórias do Hamas”
Em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o governo israelense não se submeterá às “exigências delirantes do Hamas”.
Eis o comunicado:
“A posição do Hamas demonstra claramente o seu total desinteresse num acordo negociado e atesta os danos causados pela resolução do Conselho de Segurança da ONU.
O Hamas rejeitou mais uma vez uma proposta de compromisso americana e repetiu as suas exigências extremas: a suspensão imediata da guerra, a retirada completa das FDI da Faixa de Gaza, e deixando no lugar a sua administração para que possa repetir, uma e outra vez, o massacre de 7 de outubro, como prometeu fazer. O Hamas rejeitou todas as ofertas de compromisso dos EUA, ao mesmo tempo que celebrava a resolução do Conselho de Segurança.
Israel não atenderá às exigências ilusórias do Hamas. Israel prosseguirá e alcançará os seus objetivos de guerra justa: destruir as capacidades militares e governamentais do Hamas, libertar todos os reféns e garantir que Gaza não representará uma ameaça para o povo de Israel no futuro.”
The Prime Minister’s Office, this morning:
Hamas’s stance clearly demonstrates its utter disinterest in a negotiated deal and attests to the damage done by the UN Security Council’s resolution.
— Prime Minister of Israel (@IsraeliPM) March 26, 2024