Polícia
“Psicóloga” de esquerda que defendeu “mat4r” família de Roberto Justus alega “protesto” pró-taxação

Aline Alves de Lima também falou em “metáfora” e negou “ameaça”, mas foi novamente criticada no X
Se alguém ainda procurava evidência de que a campanha do governo Lula e do PT pela aprovação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) estimula o ódio de classes, como havia apontado O Antagonista na raiz, basta ler abaixo a transcrição do vídeo publicado por Aline Alves de Lima (foto) na noite de segunda-feira, 7, no YouTube, um dia após a família do empresário Roberto Justus ter anunciado que pretende processar a autora do comentário “Tem que mtr mesmo! PQP!!!!!!”
Assim como o professor aposentado da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ) Marcos Dantas Loureiro, que na sexta-feira, 4, havia sugerido “guilhotina”, a “esquerdista e psicanalista” alegou ter usado uma “metáfora” e negou ter feito qualquer “ameaça”, mas acabou confessando que “foi um protesto coletivo contra a aristocracia brasileira, principalmente nesse momento, onde nós estamos debatendo a taxação das grandes fortunas”.
Em vez de simplesmente pedir desculpas por uma incitação abominável e injustificável contra pai, mãe e filha de 5 anos, Aline a todo momento tentou se justificar e se colocar na condição de vítima que — mesmo negando o “vitimismo” — vende “o almoço pra comer a janta” e virou alvo de “um verdadeiro linchamento virtual”.
Comentário “infeliz”
Ela só admitiu que o comentário foi “infeliz” porque não havia explicado seu “contexto”; falou que “protestar ainda é um ato de liberdade” que “não pode ser considerado crime”, e ainda buscou sair por cima, pregando o fim desse “abismo classista e histórico”.
O Antagonista transcreve e reproduz abaixo a íntegra de sua fala, bem como acrescenta em seguida comentários feitos a respeito no X.
“Boa noite a todos, meu nome é Aline Alves de Lima, tenho trinta e cinco anos e sou psicóloga. Eu venho através desse vídeo me pronunciar e esclarecer sobre o comentário que eu fiz na postagem do colega, também psicólogo, Guilherme, onde ele publicou uma foto da família Justus e trouxe a abordagem dos bolcheviques. É, os bolcheviques foram um movimento de classes na Rússia, em 1917 contra a desigualdade social, então classe trabalhadora e classe opressora. A frase do colega foi: ‘os bolcheviques estavam certos’. E o meu comentário foi em cima da afirmação dele acerca da diferença de classes.
Então eu disse: ‘Tem que mtr mesmo! PQP!!!!!!’.
Eu reconheço, gente, que foi um comentário infeliz, porque eu não expliquei o contexto ao qual eu me referia e que eu usei a sigla de uma forma metafórica. Eu trabalho, gente, com saúde mental, né, então eu tenho responsabilidade afetiva e eu jamais atacaria uma criança ou quem quer que seja. Meu intuito ali era falar contra a desigualdade social, o classismo, a desigualdade de classes. E nisso que reside o meu erro, de eu não ter explicado.
Inclusive, é, eu sempre digo para os meus pacientes que o óbvio precisa ser dito, mas ali, naquele caso, eu mesma não fiz. Então, por isso mesmo, eu quero pedir desculpas a todos os membros da família Justus.
Não foi um ataque ou uma ameaça a uma criança, muito menos a nenhum membro da família. Foi um protesto, um protesto contra a diferença de classes. Não foi um protesto pessoal sobre a família Justus, foi um protesto coletivo contra a aristocracia brasileira, principalmente nesse momento, onde nós estamos debatendo a taxação das grandes fortunas.
É preciso acabar com esse abismo classista e histórico, onde eu, por exemplo, que sou uma mulher negra de trinta e cinco anos, e sim, eu sou formada, eu atuo na minha área, vocês podem dizer que eu até tenho alguns privilégios, mas ainda assim, gente, praticamente eu vendo o almoço pra comer a janta, assim como muitos outros brasileiros. Ao passo que uma criança de cinco anos, né, usa uma bolsa de quatorze mil reais.
Então alguns de vocês podem até falar ou podem até pensar, mas não é inveja, não é vitimismo, não é loucura, é a realidade em que nós vivemos e que protestar ainda é um ato de liberdade, não é considerado crime.
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E mesmo assim, sem eu ter ofendido ninguém ou sem eu ter ameaçado ninguém, perfis extremistas usaram o meu comentário pra disseminar o ódio, de modo que eu tô recebendo virtualmente, né, tô sofrendo diversas ameaças, incluindo ameaças de morte e estupro. Então eu tô passando por um verdadeiro linchamento virtual desde sábado à tarde. E eu temo, claro, pela minha própria vida.
Eu tive dados expostos na internet e eu vou deixar aqui nesse post algumas dessas ameaças que eu recebi. Eu não sei colocar bonitinho aqui no vídeo, mas eu vou deixar do lado. Então, eu gostaria mais uma vez de reiterar o meu pedido de desculpas a família Justus e a quem se sentiu ofendido, porque essa realmente, certamente não foi a minha intenção.
Por fim, eu sei que a luta para que esses direitos sejam efetivados e aconteçam na prática não vem de hoje e não vai acabar hoje. Novamente, eu reitero que o meu ato de indignação e desespero – porque foi desespero, refleti muito, foi desespero – jamais deve ser um dos caminhos seguidos, gente, jamais. Então, sendo assim, mais uma vez eu peço perdão à família Justus pelas minhas palavras. Muito obrigada a todos.”
Reação
Usuários do X logo reagiram ao vídeo de Aline Alves de Lima.
“Imagina ter essa covarde como psicóloga. Processa, Roberto Justus!”, escreveu Priscilla, dona do perfil @priscilllando.
Em resposta ao comentário, a especialista em gestão de imagem pessoal e corporativa Clara Laface ironizou uma das falas de Aline:
“‘Eu vendo o almoço para comer a janta, ao passo que uma criança de 5 anos usa uma bolsa de 14 mil’. Essa frase resume o tamanho do ressentimento e amargura da pessoa. Ela não se conforma com a própria vida e ataca quem está melhor do que ela.”
Amauri Nolasco Júnior acrescentou:
“O que eles [esquerdistas] comentam nunca é o ódio, o ódio sempre é os outros.
Como disse Sartre, o inferno sempre é o outro.”
O usuário Sou Liberal (Luís Fernando) escreveu:
“Minha esposa é psicóloga, está indignada. Perguntei a ela como uma pessoa com esse fígado se propõe a ajudar alguém. Ela não respondeu. Às vezes o silêncio é a melhor resposta.”

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