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“Não vou entrar numa de dizer que foi fraude na Venezuela”, diz Celso Amorim, chanceler de Lula
Assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República afirmou que será cauteloso com os resultados divulgados na Venezuela.
Assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República afirmou que será cauteloso com os resultados divulgados na Venezuela.
O assessor especial da Presidência, Celso Amorim (na foto, com Maduro), afirmou nesta segunda, 29, em entrevista para o G1, que será cauteloso com o resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.
“O fato principal que nos leva a ser cauteloso é que não deram o resultado público mesa por mesa, porque [o que] o governo deu até agora é um número, mas tem que mostrar como chegou nesse número: ata por ata”, disse Amorim.
“Não sou daqueles que reconhece tudo o que é dito, mas também não vou entrar numa de dizer que foi fraude. É uma situação complexa e queremos um regime democrático para a Venezuela de forma pacífica”, afirmou Amorim. “Não houve, que eu saiba, nenhum grande incidente. Mas vamos esperar, pois o governo prometeu que daria acesso às atas.”
Itamaraty
Em nota oficial divulgada na manhã desta segunda, o Itamaraty também demonstrou cautela, sem parabenizar o ditador: “O governo brasileiro saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem na Venezuela e acompanha com atenção o processo de apuração. Reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados. Aguarda, nesse contexto, a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito“.