Política
Juiz que vetou homenagem a Michelle Bolsonaro já trabalhou com Alexandre de Moraes no TSE e STF
Marco Antônio Martins Vargas, o juiz que proibiu a entrega do título de cidadã paulistana a Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal de São Paulo, já trabalhou com Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal.
Os dois magistrados foram colegas em duas instâncias: no STF e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde Moraes é o atual presidente.
Segundo informações de Igor Gadelha, do Metrópoles, Vargas desempenhou o papel de juiz auxiliar no gabinete de Moraes entre março de 2023 e janeiro de 2024.
Em setembro do ano passado, Vargas conduziu uma audiência com o tenente-coronel Mauro Cid. No TSE, o juiz auxiliar trabalhou com Moraes de agosto de 2022 até março do ano seguinte.
Antônio Martins Vargas assinou a decisão contra a homenagem a Michelle no teatro como juiz substituto da 10ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Na sua decisão, ele argumentou que o uso do espaço para a homenagem poderia resultar em um “grave risco de desvio de finalidade do bem público”.
Por sua vez, o vereador Rinaldi Digilio (União Brasil-SP) afirmou que não foi notificado da decisão e, por isso, manterá a cerimônia no local. Ele é o autor do projeto que concede o título à ex-primeira-dama.
– Não fui oficialmente notificado, e por isso a cerimônia está mantida para segunda-feira no Theatro Municipal. Mesmo se o fosse, não poderia permitir que uma ação ilegal, que promove a censura e ataca diretamente uma prerrogativa do Poder Legislativo, constrangesse a primeira-dama, uma pessoa honrada – afirmou o parlamentar em comunicado.
Carlos Pimentel
25 de março de 2024 a 06:37
Excelente decisão!!! Do Vereador!!! Estamos cansados de tantas interferências e ditadura, boa parte do judiciário interfere cotidianamente nos demais poderes, de forma absurda e totalmente partidária!!! Parabéns ao nobre Vereador!!!