Política
Flávio Bolsonaro reage após senador petista pedir a sua prisão, confronta Alexandre de Moraes e desmascara ministro; VEJA VÍDEO
Durante uma acalorada sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) respondeu firmemente às declarações de Rogério Carvalho (PT-SE), que defendeu a continuidade das punições aos chamados “presos políticos” vinculados às decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante uma acalorada sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) respondeu firmemente às declarações de Rogério Carvalho (PT-SE), que defendeu a continuidade das punições aos chamados “presos políticos” vinculados às decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O confronto ocorreu enquanto a CCJ realizava a sabatina de candidatos ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em sua fala, Carvalho trouxe relatos sobre abusos no período do regime militar e comparou as discussões sobre anistia aos presos às ações daquela época. Flávio Bolsonaro reagiu com contundência, acusando o Judiciário de agir com pré-julgamentos:
“O que foi falado aqui é exatamente como o Judiciário está se comportando: um pré-julgamento. Sequer há denúncia, ainda, e a condenação já é pedida, com prisão, com punição previamente determinada. Esse é o raciocínio de quem diz ‘defender a democracia’. A melhor coisa que se faz para desmascarar um comunista é dar a ele a palavra”, disparou o senador.
Críticas diretas a Alexandre de Moraes
Flávio Bolsonaro aproveitou o momento para dirigir críticas severas ao ministro Alexandre de Moraes. Ele acusou o magistrado de extrapolar suas funções e de “bagunçar a democracia no Brasil”, apontando supostos abusos cometidos em nome da Justiça.
“A realidade do Brasil hoje é que tem um ministro do STF que, simplesmente, bagunçou a democracia no Brasil. Atropelou toda a legislação, ignorou prerrogativas de advogados, rasgou direitos humanos, direitos fundamentais, inclusive que constam de tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário”, afirmou.
O senador destacou que a atuação de Moraes estaria servindo como inspiração para práticas semelhantes em instâncias inferiores do Judiciário, as quais classificou como “atrocidades e covardias à revelia da lei”.
“Clima de medo” e liberdade de expressão
Bolsonaro também chamou atenção para o que classificou como um ambiente de medo instaurado no país. Segundo ele, parlamentares e cidadãos comuns estariam receosos de expressar opiniões, especialmente em redes sociais, devido ao risco de serem enquadrados em investigações ou rotulados por discursos considerados como “ódio”.
“As pessoas têm medo de dar sua opinião em rede social, porque rapidamente uma parte da imprensa rotula como ‘discurso de ódio’. Hoje, uma discussão com um ministro do Supremo em um aeroporto vira ‘crime contra a democracia’. E pior: a vítima avoca para si o processo, ignora o Ministério Público e escolhe os policiais que vão fazer a investigação”, afirmou.
O senador também apontou que decisões judiciais têm levado à censura e desmonetização de canais digitais, o que, segundo ele, fere a liberdade de expressão e afeta diretamente a subsistência de trabalhadores.
CNJ sob escrutínio
No centro da discussão estavam os candidatos ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por fiscalizar o Judiciário. Flávio Bolsonaro ressaltou a importância do CNJ em um momento que ele considera crítico para a democracia brasileira e cobrou um posicionamento firme contra magistrados que, segundo ele, cometem abusos:
“Hoje, magistrados estão sendo punidos por crime de opinião. Isso tem que ter um fim. Ministros do Supremo não podem sentar no banco dos réus no CNJ, mas seus juízes auxiliares podem. Ou eles não sabem o que estão fazendo? Cumprindo ordens ilegais, atentando contra a lei orgânica da magistratura?”, questionou.
Contexto e repercussões
As falas de Flávio Bolsonaro ocorrem em um contexto de crescente polarização política no Brasil, com o STF assumindo papel central em decisões que têm impacto direto nas relações entre os Poderes. A postura do ministro Alexandre de Moraes, particularmente em questões relacionadas às investigações de atos antidemocráticos, tem sido alvo de críticas frequentes por parte de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O embate na CCJ evidencia o clima tenso entre membros do Legislativo e do Judiciário, além de reforçar o debate sobre os limites de atuação dos magistrados em uma democracia.
Enquanto isso, o tema continua gerando reações diversas no meio político e na sociedade, dividindo opiniões sobre o papel do STF e a necessidade de medidas para garantir equilíbrio entre os Poderes.
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