Polícia
Delegado agride voluntária após ser questionado por que a polícia estava fazendo escolta para equipe do DJ Alok no RS; assista
A mulher, identificada como Camila Borges, diz que Luiz Antônio Firmino, da Polícia Civil do Estado, se exaltou ao ser questionado sobre atuação
A mulher, identificada como Camila Borges, diz que Luiz Antônio Firmino, da Polícia Civil do Estado, se exaltou ao ser questionado sobre atuação
Um vídeo divulgado nas redes sociais no domingo (12.mai.2024), mostra o Delegado da Polícia Civil do Rio Grande do Sul Luiz Antônio Firmino discutindo com uma mulher que estava ajudando as vítimas das enchentes na cidade de Canoas (RS).
Nas imagens, é possível ver a mulher, identificada como Camila Borges, perguntando o nome do delegado. Ele a responde e a empurra depois que ela diz “parabéns, delegado”. Na sequência, as pessoas ao redor afastam Firmino e um homem grita “agressão aqui não”.
Em seu perfil no Instagram, Camila Borges disse que Firmino se exaltou ao ser questionado sobre a escolta à equipe do DJ Alok que fazia imagens na região.
“Os cidadãos estão implorando a presença da polícia nas embarcações há 9 dias, em função dos riscos enfrentados nos resgates no Bairro Mathias Velho em Canoas-RS”, disse na legenda.
Em comentário na publicação, Alok disse que contratou um serviço de escolta particular saindo de São Paulo até Porto Alegre para garantir a segurança da entrega de 12 caminhões de doação. “Não reconheci nenhum colaborador do instituto no vídeo e também não tenho conhecimento sobre o ocorrido”, declarou.
Por meio de nota, o artista disse que a escolta policial não foi solicitada. Porém, 2 agentes se dispuseram a acompanhar sua equipe de filmagem por 20 minutos.
Em nota (PDF – 306 kB), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul declarou que a instituição não compactua com atitudes equivocadas de seus funcionários, sejam eles delegados ou agentes.
O Poder360 também procurou o delegado Luiz Antônio Firmino. Ele não irá se pronunciar sobre o caso.
Eis a íntegra da nota do DJ Alok:
“Acredito que o momento agora seja o de união em prol da ajuda às vítimas do RS. Por isso, na última sexta-feira o Instituto Alok mobilizou um comboio de carretas para transportar mais de 350 toneladas de alimentos, água potável, ração para animais e maquinários de limpeza ao Rio Grande do Sul. Esse comboio foi escoltado por seguranças particulares contratados por Alok. Em nenhum momento solicitamos escolta policial. Porém, dois policiais se dispuseram a acompanhar a equipe de filmagem por 20 minutos.
“A equipe de filmagem de Alok estava lá pra registrar a chegada das doações e garantir a transparência dos fatos. A decisão de entrar em água foi um pedido dos voluntários presentes para visualizar a real situação do local.”
Eis a íntegra da nota da Polícia Civil do Rio Grande do Sul:
“A Polícia Civil informa que tomou conhecimento dos fatos envolvendo um Delegado de Polícia, durante as ações desenvolvidas em apoio às vítimas das enchentes em 12 de maio de 2024 e, imediatamente, determinou a apuração do ocorrido junto à Corregedoria de Polícia.
“A instituição policial não compactua com atitudes equivocadas de seus servidores, sejam Delegados ou agentes, e está comprometida na elucidação dos fatos, com lisura e transparência, através dos devidos trâmites legais.
“Mantemos nosso compromisso de servir e proteger a sociedade gaúcha com ética e seriedade.”