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Justiça

Advogada desmoraliza Alexandre de Moraes ao participar de inauguração da ‘avenida Clezão’: ‘Direito usurpado, roubou o direito, rasgou a Constituição’; ASSISTA VÍDEO

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A advogada Carolina Siebra, da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (ASFAV), discursou durante a cerimônia de inauguração da avenida Clezão, em homenagem a Clériston Pereira da Cunha, preso político do ministro Alexandre de Moraes que morreu no cárcere enquanto aguardava que o ministro se dignasse a analisar seu pedido de soltura.

Siebra relembrou: “Estamos convivendo com essa família desde o ano passado, sofrendo as dores deles. Sentimos pela primeira vez quando a Jane me contou a história do casal. Ele ainda estava lá na Papuda, aguardando autorização para ser solto do ministro Alexandre de Moraes, que negligenciou o problema de saúde dele”.

A advogada apontou que, como a família do Clezão, milhares de outras famílias sofrem os efeitos devastadores da perseguição política empreendida pelo ministro Alexandre de Moraes e pelo judiciário controlado por ele. Carolina Siebra disse: “como ele, tem vários outros padecendo pelo país inteiro. O que a gente precisa hoje é da anistia dessas pessoas, já que o direito deles foi usurpado, já que o ministro decidiu roubar o direito nesse país, rasgar a nossa Constituição e deixar as pessoas padecendo ao bel prazer dele. Eu acho que ele sente um certo prazer em ver a maldade que ele está fazendo, mas enquanto existir pessoas como esses deputados que estão em cima desse trio, e como a gente, advogados que estamos na luta, como a Dra Valquíria que está ali embaixo, o doutor Ezequiel, que é meu parceiro, me acompanha sempre, a gente não vai desistir, não só das pessoas que estão sofrendo, não só dos familiares que estão aqui fora, mas dos presos que estão lá dentro. Das crianças que estão hoje com crise de ansiedade por conta de uma injustiça. Ele quer nos calar, mas ele não vai conseguir. Nós iremos lutar até o fim”.

Mais de 2 mil pessoas foram presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com a colaboração do Exército brasileiro, sem o menor respeito a direitos humanos ou ao devido processo legal. Centenas dessas pessoas passaram meses a fio presas, e só foram libertadas com “medidas cautelares” excessivas e arbitrárias, muito piores do que as que são aplicadas a pessoas condenadas por crimes graves. Milhares de famílias continuam sofrendo com as restrições a suas liberdades e seus patrimônios.

Um dos presos políticos, Clériston Pereira da Cunha, morreu sob a custódia do Estado, enquanto um pedido de soltura formulado pela Procuradoria-Geral da República ficou meses aguardando que o ministro Alexandre de Moraes se dignasse a analisá-lo. Tudo sob o olhar complacente do Senado Federal.

Enquanto cidadãos comuns ficam sujeitos a medidas abusivas, autoridades do governo Lula envolvidas nos fatos do dia 8 de janeiro seguem livres, leves e soltas. O general G. Dias, por exemplo, era o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, era responsável pela segurança do palácio do Planalto, e foi filmado no interior do palácio, interagindo com os invasores. Até o momento, o general G. Dias não foi preso, não teve seu passaporte apreendido, nem suas contas bloqueadas, nem seus bens ou sua renda apreendidos. Essas “medidas cautelares” são reservadas a conservadores, que podem sofrer qualquer uma, ou várias, delas sem qualquer indício de crime, sem direito à defesa, nem acesso ao devido processo legal. Quando aplicadas a conservadores, as “medidas cautelares” podem perdurar pelo tempo que desejar o senhor ministro que determina sua aplicação, ainda que as pessoas não tenham foro privilegiado e não estejam, portanto, sujeitas à jurisdição das cortes superiores.
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