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Ministro das Relações Exteriores da Venezuela agradece ao PT por reconhecer eleição do ditador Maduro
Em meio às manifestações e contestações que cercam as recentes eleições presidenciais na Venezuela, o ministro das Relações Exteriores, Yvan Gil, expressou sua gratidão ao Partido dos Trabalhadores (PT) do Brasil por endossar o processo eleitoral promovido por Nicolás Maduro.
Em meio às manifestações e contestações que cercam as recentes eleições presidenciais na Venezuela, o ministro das Relações Exteriores, Yvan Gil, expressou sua gratidão ao Partido dos Trabalhadores (PT) do Brasil por endossar o processo eleitoral promovido por Nicolás Maduro.
Em uma publicação na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, Gil agradeceu em nome do presidente Maduro pelo reconhecimento e felicitações.
“Em nome do presidente Nicolás Maduro, agradecemos ao PT, o partido no poder do Brasil, pelas suas calorosas felicitações pelo processo eleitoral de domingo. Agradecemos o reconhecimento do trabalho do poder eleitoral e dos resultados que demonstram a soberania do povo venezuelano”, escreveu o chanceler.
A mensagem de agradecimento veio após a Executiva Nacional do PT divulgar uma nota na noite de segunda-feira, 29, saudando o povo venezuelano “pelo processo eleitoral ocorrido no domingo, dia 28 de julho de 2024, em uma jornada pacífica, democrática e soberana”.
A nota do PT, no entanto, se antecipou ao próprio governo brasileiro, que ainda aguarda esclarecimentos para validar a proclamação de vitória de Maduro feita pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela.
Na nota, o PT afirmou: “Temos a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que apontou a vitória do presidente Nicolas Maduro, dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela”.
O endosso do PT ocorre em meio a acusações graves de fraude eleitoral. Observadores independentes e membros da oposição foram impedidos de acompanhar a apuração dos votos. Além disso, o procurador-geral da Venezuela acusou três opositores de Maduro de um alegado ataque cibernético durante a contagem dos votos.
A líder da oposição, María Corina Machado, e o candidato Edmundo González Urrutia lançaram um sistema em que os venezuelanos podem verificar as atas dos seus centros de votação, mesa por mesa. Em resposta, muitos eleitores que possuíam atas de papel gravaram vídeos comprovando que as informações do sistema estavam corretas e publicaram nas redes sociais, fortalecendo as alegações de fraude.
A reação internacional tem sido predominantemente crítica. A Casa Branca já emitiu uma declaração oficial confirmando que há fortes indícios de fraude no processo eleitoral venezuelano. A pressão sobre o regime de Maduro aumenta, enquanto organizações de direitos humanos e diversos governos pedem uma revisão independente das eleições para garantir que a verdadeira vontade do povo venezuelano seja respeitada.