A crise política na Venezuela atingiu um ponto crítico nesta quinta-feira (12), com os Estados Unidos emitindo um ultimato ao presidente Nicolás Maduro.
O chefe da Missão dos EUA na Venezuela, Francisco Palmieri, anunciou em publicação na plataforma X (antigo Twitter) que Maduro tem até 10 de janeiro de 2024 para deixar o cargo ou enfrentar “consequências terríveis”.
Segundo Palmieri, a manutenção de Maduro no poder após essa data seria considerada uma ruptura definitiva com a ordem constitucional da Venezuela. Ele afirmou:
“Recusar uma transição democrática representará a ruptura definitiva com a ordem constitucional e mergulhará a Venezuela em uma crise ainda mais profunda. Ele terá de enfrentar uma comunidade internacional mais unida e uma falta de legitimidade ainda maior.”
O prazo coincide com a data tradicional de posse presidencial na Venezuela, que deveria marcar o início de um governo legítimo baseado no resultado das eleições presidenciais de julho de 2023.
A crise atual tem suas raízes no processo eleitoral de julho de 2023, declarado fraudulento pela oposição e por diversos países. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo regime chavista, declarou Nicolás Maduro como vencedor, mas não apresentou as atas de votação, gerando acusações de manipulação.
A oposição venezuelana, liderada por Edmundo González, disponibilizou mais de 80% das atas eleitorais em uma plataforma online, afirmando que González venceu o pleito.
Exilado na Espanha desde setembro, González já anunciou que retornará à Venezuela no dia 10 de janeiro para assumir a presidência, mesmo sob risco de prisão.
Os Estados Unidos e diversos aliados internacionais reconhecem González como o vencedor legítimo das eleições e intensificaram as críticas ao regime de Maduro. A falta de transparência e o controle autoritário sobre as instituições têm sido amplamente denunciados.
O ultimato americano reforça o isolamento internacional de Maduro, enquanto aumenta a pressão por uma transição democrática.
A crise política agrava o já caótico cenário interno da Venezuela. Com uma economia devastada, marcada por hiperinflação e escassez de alimentos, o país também enfrenta uma das maiores crises migratórias da história da América Latina.
Além disso, a repressão interna e o controle do regime chavista sobre as forças de segurança representam um obstáculo significativo para qualquer tentativa de mudança de poder.
Edmundo González, que muitos países consideram o presidente legítimo, tem a difícil missão de retornar à Venezuela em um ambiente hostil. Sua chegada pode desencadear uma série de eventos imprevisíveis, desde protestos em massa até uma resposta repressiva do governo chavista.
Com o prazo de 10 de janeiro se aproximando, a Venezuela enfrenta um dos momentos mais decisivos de sua história recente. A resistência de Maduro pode intensificar a crise humanitária e política, enquanto o retorno de González será um teste crucial para a força da oposição e a reação internacional.
O mundo observa com atenção os próximos passos desse embate que determinará o futuro da Venezuela e seu impacto na região.
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