Política
Vídeo: Lula dividiu palco com presa por tráfico na Favela do Moinho


Um vídeo que circula nas redes sociais acendeu um intenso debate político: durante um evento na Favela do Moinho, em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dividiu o palco com uma mulher que já foi presa por tráfico de drogas.
A presença de Ana Paula Oliveira, conhecida como “mãe Ana”, ao lado do presidente e de outras autoridades gerou uma onda de críticas por parte da oposição.
Quem é a mulher que estava ao lado de Lula?
A figura central da polêmica é Ana Paula Oliveira. Ela não é apenas uma moradora da comunidade; é uma liderança local e presidente da associação de moradores da Favela do Moinho. Sua história de vida, no entanto, inclui uma passagem pelo sistema prisional.
- Condenação: Ana Paula foi condenada a 4 anos e 2 meses de prisão por tráfico de drogas.
- Cumprimento da Pena: Ela cumpriu a pena em regime fechado e, posteriormente, no semiaberto.
- Situação Atual: Hoje, ela é uma figura atuante na comunidade, trabalhando em projetos sociais e na luta por moradia digna para os moradores.
O contexto do evento na Favela do Moinho
O objetivo do investimento, segundo o Palácio do Planalto, é a construção de 214 unidades habitacionais para famílias da comunidade, que sofre há anos com incêndios e condições precárias de moradia. A obra faz parte do programa Minha Casa, Minha Vida.
Como presidente da associação de moradores, a presença de Ana Paula no palanque era esperada e fazia parte do protocolo do evento, que contava também com a presença de ministros e do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
“Eu vou te achar”
O Metrópoles identificou pelo menos quatro famílias vítimas das extorsões e ameaças. Quem concordou em conversar com a reportagem pediu para não ser identificado pelo medo de represálias. Alguns apenas confirmaram que estão sendo perseguidos, sem entrar em detalhes. “Já saí de lá e não quero problemas para mim. São muitas famílias, gente com medo de falar”, diz um ex-morador que confirmou ter sido coagido.
A reportagem também obteve acesso ao relato de uma ex-moradora do Moinho que chegou à Polícia Civil de São Paulo. Ela diz estar sendo perseguida pelos responsáveis pela cobrança de aluguéis.
“A gente está sendo ameaçado: ‘Eu vou atrás de você e vou te achar’. Isso não é só comigo, é com várias pessoas. Como a gente vai sair para moradia, estão pedindo para a gente dar uma quantidade de dinheiro, R$ 100 mil, R$ 70 mil. Muitas mães estão com medo. É a situação de não dormir à noite”, diz uma moradora.
O caso virou inquérito na Polícia Civil e também chegou ao conhecimento do Grupo de Combate ao Crime Organizado do MPSP, que já ofereceu seis denúncias por tráfico e organização criminosa contra líderes e outros integrantes do PCC na Favela do Moinho.
Debandada na calada da noite
O Metrópoles apurou com fontes na Favela do Moinho que emissários dos traficantes têm tirado fotos de cada casa que tem sido descaracterizada para a mudança do inquilino a um apartamento da CDHU.
Em meio ao clima de medo do monitoramento, moradores têm inclusive recusado auxílio gratuito do governo para fazer suas mudanças de móveis para as habitações sociais e custeado o transporte com recursos próprios. Há quem tenha deixado suas casas do dia para a noite.
A repercussão e a defesa do Governo
A imagem de Lula ao lado de uma ex-presidiária por tráfico foi imediatamente explorada por parlamentares da oposição, que criticaram a associação do presidente com uma pessoa com antecedentes criminais.
Em resposta, aliados do governo e a própria Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) se manifestaram. A defesa se baseia em alguns pontos principais:
- Liderança Comunitária: A Secom destacou que Ana Paula foi convidada na qualidade de líder comunitária, representando os moradores que serão beneficiados pelas novas moradias.
- Direito à Ressocialização: A narrativa governista defende que, após cumprir sua pena, a cidadã tem o direito de se reintegrar à sociedade e atuar em prol de sua comunidade. O próprio Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mantém programas que visam exatamente a ressocialização de egressos do sistema prisional.
- Foco no Anúncio: O governo tentou redirecionar o foco do debate para o anúncio do investimento em moradia, considerado o verdadeiro propósito da visita presidencial à favela.
Entre a polêmica e a Luta por Moradia
O episódio na Favela do Moinho é um retrato da complexidade do Brasil. De um lado, a imagem de um presidente ao lado de uma pessoa que cometeu um crime grave.
Do outro, a história de uma líder comunitária que, após cumprir sua pena, luta por melhorias para a sua comunidade e a celebração de um investimento que mudará a vida de centenas de famílias.
- O presidente Lula dividiu o palco com Ana Paula Oliveira, presidente da associação de moradores da Favela do Moinho, que já foi presa por tráfico.
- O evento marcava o anúncio de um investimento de R$ 44,9 milhões para a construção de moradias na comunidade.
- O governo defende que a presença de Ana Paula se deu por sua atuação como líder comunitária e pelo direito à ressocialização.


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