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Câmara dos Representantes dos EUA aprova orçamento de defesa de quase US$ 1 trilhão para 2025; VÍDEO


Em meio a intensos debates e polêmicas, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira (11) o orçamento de defesa para 2025, que alcança a impressionante cifra de US$ 884 bilhões (aproximadamente R$ 5,33 trilhões).

O projeto, que agora segue para o Senado, inclui medidas como o aumento salarial para militares, mas também carrega controvérsias, especialmente em relação ao bloqueio de financiamento para cuidados de afirmação de gênero envolvendo filhos de militares.

Com 281 votos favoráveis e 140 contrários, o texto da Lei de Autorização da Defesa Nacional (NDAA, na sigla em inglês) é mais um marco nas acirradas disputas entre republicanos e democratas, refletindo as divisões políticas que marcam o Congresso americano.

Aumento salarial e o impacto para os militares

Entre os principais pontos do orçamento aprovado, destaca-se o aumento salarial para as tropas:

  • 14,5% para soldados rasos, o maior reajuste em décadas;
  • 4,5% para militares de outras patentes.

Essa medida foi amplamente celebrada como um reconhecimento do serviço prestado pelos militares, especialmente em um momento em que os desafios globais continuam a exigir um alto nível de prontidão das forças armadas americanas.

A polêmica dos cuidados com a afirmação de gênero

Apesar do avanço em temas como os reajustes salariais, a aprovação do orçamento foi marcada por um embate envolvendo a saúde de crianças transgênero. Uma emenda de última hora, liderada pelos republicanos, impede que o programa de saúde militar cubra cuidados de afirmação de gênero para filhos de militares que resultem em “esterilização”.

Essa medida gerou indignação entre os democratas e grupos progressistas, que argumentam que a decisão prejudica famílias e jovens transgêneros que dependem desse suporte. Para os republicanos, a mudança é justificada como uma forma de preservar recursos e atender a demandas conservadoras de seus eleitores.

Um orçamento bilionário: o que está em jogo?

Com o valor de US$ 884 bilhões já garantido pelo texto, o orçamento de defesa total pode ultrapassar US$ 900 bilhões (R$ 5,4 trilhões), quando somados outros financiamentos suplementares. Esse número reflete o compromisso dos Estados Unidos em manter sua posição de liderança militar global, mesmo em meio a pressões econômicas internas.

O orçamento inclui investimentos em áreas estratégicas como:

  • Modernização de armamentos;
  • Fortalecimento das capacidades de defesa cibernética;
  • Treinamento e prontidão das tropas.

Ainda assim, há insatisfação dentro do Senado. Alguns republicanos influentes, especialistas em política externa, argumentam que o Pentágono deveria receber US$ 25 bilhões adicionais para atender a todas as necessidades identificadas. Apesar disso, espera-se que esses líderes apoiem o projeto como está, evitando atrasos em sua implementação.

O próximo passo: a aprovação no Senado

Agora, o orçamento segue para o Senado, onde deverá ser discutido e votado na próxima semana. Tradicionalmente, o NDAA é um projeto obrigatório que o Congresso envia ao presidente desde 1961. Ainda que existam ajustes e debates esperados, é pouco provável que a versão final seja rejeitada.

O impacto político do orçamento de defesa

A aprovação deste orçamento é um reflexo do cenário político polarizado nos Estados Unidos. Enquanto republicanos tentam reforçar sua base com pautas conservadoras, os democratas enfrentam o desafio de defender direitos sociais em meio a uma conjuntura complexa.

Para o governo Biden, a aprovação do NDAA é uma vitória parcial, mas não sem custos. O presidente terá que lidar com os desdobramentos das polêmicas embutidas no texto, especialmente em um ano pré-eleitoral.

Um orçamento que reflete prioridades e tensões

O orçamento de defesa dos Estados Unidos para 2025 não é apenas um número astronômico; é um espelho das prioridades e tensões que moldam o país. Entre aumentos salariais para militares, debates sobre direitos sociais e disputas políticas acirradas, este texto mostra que o poderio militar continua no centro das discussões sobre o futuro americano.

E agora, resta saber como o Senado irá lidar com essas questões e qual será o impacto final na vida dos militares e de suas famílias. Fique ligado aqui para mais atualizações sobre o desfecho desse importante projeto de lei!


Gustavo Ferreira

Sou Gustavo Ferreira, jornalista e fundador do Folha da Política. Tenho vasta experiência na cobertura de notícias locais e internacionais, minha missão é fornecer informações rápidas, precisas e relevantes para nossos leitores. Acredito no poder da informação para transformar a sociedade e manter você sempre bem informado sobre os acontecimentos mais importantes. Acompanhe nosso site e fique por dentro de tudo!

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