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Economia

Ações da Raízen despencam e chegam a casa de 1 real


As ações da Raízen (RAIZ4) despencaram para a casa de 1 real. Entenda como os resultados fracos e a dívida bilionária levaram a essa queda no mercado financeiro.


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A gigante do setor de energia e maior produtora global de etanol, Raízen (RAIZ4), viu suas ações despencarem para a casa de R$ 1 no mercado de ações, acendendo um alerta entre os investidores.

Com uma queda acumulada que superou 16% na semana passada, a situação se tornou crítica e levantou uma pergunta-chave: por que uma empresa dessa magnitude está vendo seu valor de mercado derreter?

Para o investidor, especialmente o iniciante que busca ações por 1 real, entender o cenário é crucial. Não se trata de um movimento aleatório, mas de uma “tempestade perfeita” causada por fatores internos da companhia que desagradaram o mercado.

Neste artigo, vamos detalhar os 3 motivos principais que explicam essa situação crítica e por que as ações da Raízen estão sob intensa pressão.

Pontos essenciais sobre ações de 1 real na Raízen:

  1. Prejuízo trimestral de R$1,84 bi afeta confiança.
  2. Dívida/Ebitda em 4,5x versus 2,3x anterior.
  3. Operações em 7 mil postos Shell como base prática.
  4. Previsão de capitalização para estabilizar.
Indicador Valor Anterior Valor Atual 2025
Preço Ação R$2,13 (início ano) R$1,16 (18/08)
Ebitda Ajustado R$2,48 bi R$1,9 bi (-23,4%)
Queda Semanal 16,13%

1. Resultados fracos no primeiro trimestre

O gatilho inicial para a forte queda das ações da Raízen foram os resultados financeiros do primeiro trimestre, considerados “pífios” pelo mercado. O desempenho frustrou as expectativas de analistas e investidores, provocando uma reação em cadeia de vendas dos papéis.

Só na quinta-feira (14), os papéis desabaram 12,50%, consolidando uma semana de perdas expressivas. No mercado financeiro, resultados abaixo do esperado são um sinal de alerta grave, indicando que a empresa pode estar com dificuldades em sua operação ou estratégia.

2. Endividamento Bilionário (Alavancagem)

O segundo fator que agravou a crise foi o aumento da dívida da companhia. A Raízen elevou seu endividamento a um nível que o mercado considera preocupante.

Para medir isso, analistas usam um indicador que compara a dívida líquida com a capacidade de geração de caixa da empresa (o famoso Ebitda). Essa relação, conhecida como “alavancagem”, atingiu 4,5 vezes. Um número alto assim sugere que a empresa pode ter dificuldades para honrar seus compromissos, o que aumenta o risco para o acionista.

3. Incerteza sobre aumento de Capital

Para tentar resolver a situação da dívida, a companhia comunicou que está avaliando um “aumento de capital”. Na prática, isso significa que a Raízen pode emitir novas ações no mercado para captar dinheiro.

Embora possa ser uma solução, essa possibilidade gera incerteza. Um aumento de capital pode “diluir” a participação dos atuais acionistas (fazendo com que a fatia de cada um no bolo total da empresa diminua). O mercado não gosta de incertezas, e essa discussão, ainda em fase inicial, adicionou mais pressão vendedora sobre as ações que caem.

O futuro da gigante do Etanol

A queda das ações da Raízen para a casa de 1 real é o resultado direto de uma combinação de resultados decepcionantes, uma dívida que cresceu a um nível de alerta e a incerteza sobre os próximos passos da gestão.

Embora seja uma das maiores empresas de energia do Brasil, com 7 mil postos Shell, sua situação atual no mercado ações exige cautela.

  • O desempenho recente da empresa frustrou as expectativas do mercado.
  • A dívida alta é um ponto de grande preocupação para os investidores.
  • O futuro próximo da cotação depende das decisões sobre o aumento de capital.

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